A reciprocidade da interação mãe-bebê dá a ambos a qualidade de agentes no processo, onde a mãe introduz na situação aspectos de sua história e momentos de vida.
Uma mãe sob estresse, deprimida ou que não tenha estabelecido com seus pais um modelo de apego seguro, pode não estar pronta a responder adequadamente às necessidades de seu filho.
Do mesmo modo, os bebês que são mais agitados, choram muito ou são difíceis de serem consolados, bem como aqueles que vivem ou viveram situações estressantes de hospitalizações prolongadas, abandono por parte dos pais ou qualquer outra situação de privação social ou afetiva, podem não apresentar comportamentos facilitadores de contato, como o olhar mútuo, o sorriso para o outro ou ainda serem menos responsivos quando chamados à interagir.
O comportamento de apego da criança, por sua vez, inclui todos os tipos de comportamento que promovem a proximidade com a figura materna.
Assim, as formas de comportamento mediadoras do apego no primeiro ano de vida, são o sorrir e o chorar, o seguir e agarrar-se, o chamar e a sucção.
A qualidade dos cuidados que o bebê recebe tem um peso importante na forma como seu comportamento de apego se desenvolve, mas a própria criança participa dessa interação e influencia a forma como a mãe responde a ela.
Alguns comportamentos iniciais do bebê expressam e promovem uma resposta pela mãe, que interage com ele a seu modo, fortalecendo o vínculo entre eles.
A participação do bebê nessa interação é ativa desde os primeiros meses, através de suas exigências; as várias formas de chorar, chamar, sorrir, aproximar-se dela e chamar sua atenção, provocam, mantêm e dão forma à reação da mãe, reforçando algumas respostas e outras não.
Um padrão de interação próprio se desenvolve entre a mãe e a criança e resulta da participação de ambas no processo.