Como enfrentar a super-proteção? Tem jeito?
Acredito que tudo que implique em mudanças nos gera desconforto e dúvidas.
São nossos medos, angústias e incertezas que inundam nossa imaginação e pensamentos.
Quando fazemos tudo por nossos filhos, não deixamos que eles provem o sabor da vida e deixamos que as tarefas pareçam muito fáceis para eles. Com essa atitude super-protetora, os pais vão inserindo nas crianças a ideia que o mundo gira ao seu favor e ao seu dispor e que eles estão no centro do mundo e do universo e que o seu umbigo é o mais longe que a criança pode enxergar.
Atualmente é difícil dizer NÃO a criança e esperar pelo crescimento de nossos filhos, respeitando cada fase do desenvolvimento humano ou seu ciclo vital (nascer, meninice, adolescência, adulto, senescência e morte).
As crianças de nossos dias estão egoístas, ansiosas, sem limites e caso algo não aconteça da forma que a criança deseja, ela chora, esperneia, cospe, morde, se joga ao chão, rola, baba, cospe, xinga, grita, esperneia, nos constrange e ainda “pagamos o mico” de não sabermos o que fazer- principalmente agora com a nova lei do anti-tapinha (não sou a favor do tapa ou do beliscão.
Acredito no diálogo, contenção e restrição de regalias quando necessário). Elas desafiam nossos limites de paciência. As crianças tendem a crescer tiranas ou algozes dos pais, avós, tios, professores, cuidadores e outros. O relacionamento com a comunidade passa a enfrentar obstáculos e as normas e limites são facilmente desrespeitadas sem nenhum prurido.
O pequenino se torna uma criança desagradável e um futuro adulto mimado, inseguro e egocêntrico – não consegue visualizar o outro – é o narciso em corpo e alma.
Como enfrentar a situação:
* Manter a criança sob vigilância o tempo todo pode predispor a um adulto inseguro, tímido e pouco assertivo,
* Fazer todas as vontades e realizar todos os desejos da criança (por não poder estar muito tempo com ele) pode favorecer o desenvolvimento de uma criança egoísta, autoritária, pouco tolerante a frustrações e pouco solidária,
* Bom senso e equilíbrio é a palavra de ordem,
Mãos a obra e vamos educar nossos filhos com amor, carinho e competência. queremos o melhor e o melhor não significa dar tudo e nos esvaziarmos por dentro e por fora!