Quem nunca olhou para uma criança ou experienciou em causa própria um pequenino teimoso, cheio de querer, que Chora, esperneia, briga com os outros ao seu redor, e, que a obediência passa longe!
Ouvir, nem pensar! Se tornam temporariamente surdos!
Nem todos os dias a criança exibe esse cenário conflitante. Ela se parece conosco, adultos. Tem dias que acordamos do avesso e não podemos olhar para uma mosca, que nos sentimos exacerbadamente irritados. Pois bem, as crianças também têm seus dias nebulosos. Até mesmo as crianças mais amáveis, muito tranquilas e solícitas, apresentam dias que não sabem como lidar com as emoções e sentimentos não nobres.
Algumas situações podem despertar ou deflagrar o “leãozinho interior” dos pequenos. Eles não são como os adultos, que tentam racionalizar, respirar fundo, e, buscar a melhor saída. Os pequenos ficam confusos e não sabem o que fazer com o que estão sentindo. Ainda são imaturos para governar um turbilhão de sensações!
Um grande despertador da irritabilidade infantil é a falta e a qualidade de sono repousante. Os estudos mostram, que a criança quando dorme mal (horas a menos ou falta de um cochilo) fica menos atenta, disposta, hiperativa, mal humorada e exibe a birra como válvula de escape.
A criança dormir mal já é uma catástrofe, imagine agora a família dormindo mal – é um verdadeiro caos doméstico. Pais privados de sono se tornam impacientes, irritadiços e sujeitos a perder o controle.
Evite as desordens do sono, proporcionando períodos de descanso à criança durante o dia, e, uma boa noite de sono reparadora. Detalhe, não há milagre! A boa e velha rotina é a grande solução.
As crianças são sensíveis e conhecidas como “antenas parabólicas” – captam todas as informações do ambiente, mas nem sempre sabem o que fazer com elas. As emoções e os sentimentos se desorganizam e o entendimento sobre o contexto situacional passa longe. Moral da história: podem reagir aos problemas domésticos com muita inabilidade emocional, portanto, problema de casal se resolve entre o casal e os filhos são poupados!
Outro agravante da birra ou do chilique infantil é a fome. Assim como os adultos, às vezes nos sentimos estranhos, quando estamos com fome. Ficamos zonzos, o pensamento fica alterado e a tolerância reduzida. Uma dieta equilibrada contribuiria muito para evitar o problema. Saidinhas ao longo do dia com os pequenos podem ser complementadas com um lanchinho saudável e uma garrafinha com suco e água também ajudam a hidratar e a evitar a sede. Sem energia, as crianças ficam desconfortáveis e intolerantes. Você já viu carro andar sem combustível?
As crianças são verdadeiras “mentes brilhantes em ação integral”. Pensam mais rápido do que seu corpo pode responder. Não aceitam perder tempo com atividades desnecessárias quando o assunto é brincar. Para que comer? Para que amarrar o tênis? Para que colocar a sandália? Para que parar a brincadeira e ir ao sanitário. Tudo isso é perda de tempo quando o assunto é brincar e se divertir.
Elas até tentam, mas logo percebem que a atividade requer um tempo de pausa e logo se frustram, ficam irritadas e a teimosia vira palavra da hora. Como adultos pensantes, precisamos entender que em alguns momentos podemos ser mais tolerantes e aguardar o tempo das crianças, mas em outros, quando o tempo nos cobra uma ação preponderante, precisamos intervir e ajudar a criança a ganhar tempo. Isso não significa fazer por eles, e sim, manter o fôlego.
Criança entediada é um grave problema. Os pequenos foram “planejados” para ser criativos, aprender coisas novas e testar suas potencialidades e habilidades no mundo. Quando não oferecemos estímulos apropriados. eles se viram de qualquer forma, e, é ai que o caldo entorna – as emoções se desorganizam! Uma criança entediada corre o risco de deixar desabrochar o mau comportamento ou aprontar alguma arte!
Assim, deixe seu filho desbravar o mundo de maneira criativa e responsável. Aproveite para ter livrinhos dentro do carro e conte para ele uma história. Use da criatividade na hora das compras. Pergunte para a criança quantas embalagens vermelhas ela viu na prateleira de massas. Na fila do banco peça para o pequeno contar quantas pessoas estão de calça cumprida. Use suas habilidades de adulto ao seu favor e ao mesmo tempo estimule a inteligência que existe em seu filho.