Segundo a World Meters, uma agencia de medidas de contingencia internacional, até o momento em que escrevo este artigo, estava previsto 3.021.986 de nascimentos em todo mundo. São muitos bebês sedentos para encontrar suas mães. Bebês que estavam cheios de esperança de vir ao mundo da melhor forma possível, com respeito, carinho, atenção e saúde. Esperançosos por encontrar uma mãe saudável e disposta a lhes oferecer um leite morno e enriquecido de muito amor e afetividade. Espero, do fundo de meu coração, que isso tenha ocorrido. Estamos falando não só de saúde física, mas também de saúde mental.
Por outro lado, antes do bebê chegar ao nosso mundo, sua mãe passou por cerca de duzentos e setenta dias, e, certamente foram dias de muitas esperas, mas também de muitas reflexões.
A mamãe pensa no bem estar de seu bebê, desde que ela descobre ou intui a gravidez, e, não raro, questiona qualquer possibilidade de desvio: “Será que o que comi ou bebi hoje pode fazer algum mal ao bebê?”; “Será que o barulho do barzinho não está causando incomodo ao bebê?”, “Será que esse cigarrinho vai influenciar no meu bebê?”; “Será que o excesso de trabalho e minhas horas diminutas de sono vão deixar meu bebê excitado?”; etc.
Se eu estou escrevendo sobre as ansiedades da futura mamãe é por que elas não são raras, e, assim, faz parte do consciente e inconsciente materno.
Antes mesmo de mencionar as ansiedades comuns que inundam as mentes das futuras mamães, gostaria de mencionar a situação que estamos vivenciando: a zika!
Embora, pesquisas ainda estejam sendo conduzidas para entender melhor todos os aspectos e consequências da doença, o que se sabe até agora é que existe uma relação entre infecção por zika na gravidez e malformações neurológicas como a microcefalia (o bebê nascer com a cabeça menor que o padrão).
Isso não quer dizer, contudo, que toda grávida que teve zika terá um bebê com malformação. Os mecanismos da contaminação do feto ainda estão na fase de investigação pela comunidade científica, e, infelizmente, muitas perguntas ainda não têm resposta definitiva. Por não termos as respostas conclusivas em nossas mãos, este é mais um grande motivo para assombrar a gestante e seus familiares.
Durante o primeiro trimestre é normal a mãe se preocupar se a gestação irá vingar ou não. Principalmente se já houve algum aborto anterior. Tanto isso é verdade, que uma grande parte das mulheres só confessam a gravidez após o primeiro trimestre. Outra dúvida é se seu bebê será perfeito, saudável, inteligente. São angústias normais de qualquer mulher que está esperando um filho.
Se quisermos ter uma gestação saudável, precisamos nos preparar para ela. Evitar o tabagismo, a ingestão de bebida alcoólica, atenuar o estresse, reforçar a prática de exercícios físicos e privilegiar uma alimentação saudável. Certamente, são atitudes que beneficiarão o desenvolvimento saudável do bebê e a saúde geral da futura mamãe.
No segundo semestre a mamãe está mais relaxada e desfrutando de sua barriguinha. Adora sentir o bebê mexer, aprecia quando o papai a toca e conversa com o bebê. Esse diálogo afetivo pode render um bom tempo de carinho e de aproximação entre os “três”.
Nem tudo são flores!
Algumas mães encaram uma rotina extenuante, trabalham muitas horas por dia, tem afazeres múltiplos e contam com uma nuvem que as assombram com frequência – o famoso estresse. Além de estarem preocupadas com o estresse que estão passando, muitas o relacionam como influência negativa sobre o bebê. Pois bem, essas mães tem seu fundo de razão. Estudos tem demonstrado que o estresse prolongado pode provocar o trabalho de parto prematuro e bebês mais agitados ao nascer. Modular o estresse é a palavra de ordem do momento, mesmo por que ninguém mora numa ilha da fantasia e é desprovido de problemas ou preocupações.
No terceiro trimestre o bebê entrou em regime de engorda! Isso mesmo! Ele está ganhando peso para se preparar para o nascimento. É no final da gestação que a mamãe vai ficando mais pesada, cansada e ansiosa para ver face a face o bebezinho tão aguardado.
É nesse período que a futura mamãe começa a ser inundada de pensamentos temerosos. Será que vai correr tudo bem durante o parto? Será parto normal ou cirúrgico? Será que vou ou tolerar as dores do parto? Será que vou superar as dores do pós-parto cirúrgico? Será que vou conseguir ser uma boa mãe? Será que vou dar conta de tudo? Será que o bebê vai nascer saudável? Será, será, será e um “montão” de serás!
Nenhuma mãe quer voltar para casa sem seu bebê nos braços. Por isso é muito importante você fazer sua parte durante a gestação e poder contar com uma equipe de saúde acolhedora e eficiente.
Acredite, pois, os “serás” povoam a mente de toda gestante e fazem parte do preparo para a maternidade. Assim sendo, relaxe e aproveite esse momento tão lindo de sua vida. Celebre-o com amor e carinho!