A falta de diálogo com o parceiro é uma das causas mais frequentes de conflitos, e, o caminho certeiro para a separação (física e emocional).
Todavia, se existe a disposição para rever as metas e objetivos da relação, é possível reconstruir e usufruir de uma relação mais saudável.
Somos movidos a emoções, e, elas afetam nosso organismo como um todo, agindo diretamente no nosso modo de ser e de agir.
Querem ver um exemplo?
Quando estamos apaixonados, nos deixamos de lado e só temos olhos para o amado. Fazemos de tudo para agradá-lo, e, mesmo nos dispondo a tantas concessões, parece que nunca chegamos lá. Parece que a insatisfação e a frustração se unem e caminham, se não lado a lado, pelo menos de mãos dadas.
A insatisfação na relação pode advir de várias causas, porém, para identificá-las é preciso uma boa dose de coragem e senso de realidade para enfrentar a situação.
Com medo de mexer na ferida, ou, de perder o que já estamos acostumados, temos a tendência em fugir do problema.
Como identificar se estamos em ritmo de fuga?
Passamos a trabalhar mais horas, comemos mais do que o de costume, nos envolvemos em relações passageiras e pouco vinculares, e, por ai a diante. Resultado: vamo-nos machucando cada vez mais, acumulando mágoas e ressentimentos, e, pior ainda, caindo no descrédito de sermos merecedores de amor e respeito mútuo. Será que o fim sempre deve ser assim? NÃO!
A ausência de diálogo na vida conjugal é o caminho certeiro para o estabelecimento de conflitos, e, para o desejo da separação. Isso é tão certo e previsível, que nem precisamos de GPS, para confirmar o rumo que isso vai dar.
E tem solução? SIM! Investir na comunicação. Primeira coisa é estabelecer um diálogo interior e descobrir o que se quer, e, o que não se quer mais, ou seja, conversar e estimular uma comunicação interior. Segundo, comunicar abertamente ao outro o que quer e o que não quer mais. Terceiro, lembrar que sem comunicação não há solução, e, que as necessidades devem obedecer um padrão de mão dupla. Da mesma forma que eu falo, eu também preciso dar a palavra ao outro, e, usar com bom senso a audição e as palavras.
Tenho observado que algumas variáveis interferem objetivamente na relação a dois. Vou citar apenas vinte e duas delas: medo; insegurança; carências; conflitos trazidos de nossa família de origem; falta de romantismo e carinho para com o parceiro (a); falta de comunicação entre o casal; falta de desejo; desinteresse pelo que o outro faz, diz, ou, sente; brigas repetitivas que não geram mudanças; ciúme desproporcional; interferência familiar; agressividade e destempero emocional; traição; inveja; desprezo; indiferença; rotina; mentiras; egoísmo; desequilíbrio financeiro; falta de amor e companheirismo.
Você, por algum acaso, identificou em sua relação com seu parceiro (a) algumas dessas variáveis? Caso a resposta seja um sim, a primeira coisa a se fazer é analisar as possíveis causas que levaram ao desgaste do relacionamento.
Para tanto, alguns questionamentos podem ser feitos para tentar facilitar o processo de reflexão: “há brigas? São sempre os mesmo motivos?”; “Não há brigas, mas sim o silêncio e a indiferença?”; Conversas, divisão de interesses estão presentes na relação?”; “Respeito e consideração são moedas de troca na relação?”; “O que sinto quando estou ao lado e longe dele (a)?”.
Seria muito oportuno pensar, em como gostaria que fosse a relação afetiva, e, como ela está no momento. Será que existe diferença entre o que eu gostaria e o que está sendo hoje?
Pense, não há mudança se as partes não se moverem e não deixarem um espaço para o diálogo. Para que realmente as mudanças ocorram é preciso que o eu, o outro, e a relação, estejam pérvios para trabalhar as diferenças e os caminhos, para se chegar a uma identidade de relacionamento. Lembrar que os movimentos na conjugalidade dependem exclusivamente do eu e do outro, e, a relação dos dois.