Quanto mais de bem com a vida melhor aprendemos e nos posicionamos no mundo. Assim também acontece com os bebês. Coisas práticas e biológicas auxiliam em muito no desenvolvimento cognitivo dos bebes desde o intraútero.
A ciência tem demonstrado que amamentar o bebê por pelo menos 6 meses, a suplementação com vitamina D e manter o peso dos pais também tem forte impacto sobre o desenvolvimento cognitivo da criança pelo resto de sua vida.
As pesquisam demonstram que gestantes obesas podem comprometer o desenvolvimento do QI dos bebês em relação as crianças cujos mães tinham o peso dentro da normalidade. As mães teriam uma maior predisposição a inflamação, sendo esse fator fortemente influenciável ao tecido neurológico do futuro bebê (feto).
A biologia humana demonstra que é a partir da terceira semana de gestação que o tubo neural do bebê começa a se formar e, portanto, a origem do cérebro infantil. Pois bem, pesquisas indicam que a presença de quantidades adequadas de ácido fólico, antes mesmo da gestação, e durante a gravidez (Vit B), garantem o bom desenvolvimento dessas estruturas.
As coisas não param por ai!
Outras substâncias primordiais a inteligência do bebê estão relacionadas ao QI, e, entre elas o iodo e a vitamina D. A falta de iodo prejudica a inteligência do bebê e a suplementação de Vit D pode assegurar um incremento na cognição.
Cerca de 20 semanas após a fecundação, estruturas fundamentais para a comunicação neuronal estão em formação, entre elas os dendritos e a bainha de mielina – estruturas que compões as células nervosas e que facilitam a comunicação entre um neurônio e outro. Para que isso aconteça substâncias nobres são requeridas e principalmente o ácido ômega 3, moléculas de DHA e colina. Uma alimentação caprichada, contendo esses compostos, assegura um QI elevado nos bebês (peixes de água fria – sardinha e salmão; castanhas e gema de ovo).
Para termos uma ideia de como isso é importante, o bebê ao nascer faz aproximadamente 2,5 sinápses (informações neurônio/neurônio). Esse número atinge 15 mil por volta dos 3 anos de idade, e o volume cerebral quadruplica, desde que a alimentação e os fatores ambientais e o estresse materno estejam modulados.
A amamentação está na berlinda!
Os estudos comprovam o papel da amamentação na construção do intelecto infantil e os pontos adicionais ao QI são mantidos até a fase adulta do indivíduo. Amamentar contribui não só para o intelecto do bebê, mas também para seu lado afetivo, vincular e social.
O que o leite materno faz pelo bebê?
Muita coisa!
Primeiro: a resposta afetiva, o famoso “imprint” mãe-bebê, segundo: o vinculo progressivo, terceiro: a presença e o impacto de substâncias presentes no leite materno atuam na formação e crescimento da rede neuronal (gorduras e o ácido aracdônico), quarto: atividade de compostos relacionados a defesa imunológica que assegura o desenvolvimento saudável do bebê e quinto: ganho ponderal adequado (estatura e peso). Estudos apontam que a nutrição materna inadequada pode contribuir para uma redução de áreas cerebrais que participam das funções cognitivas e memória do bebê.
Em relação aos afetos e sentimentos, as crianças que são estimuladas a desenvolver a empatia e o respeito ao próximo e a natureza, desde cedo, têm maiores chances de desfrutar de uma vida mais saudável. Nesse sentido também podemos contextualizar a bem vinda presença de um animalzinho de estimação. Os estudos científicos demonstram que a interação das crianças com o anilmalzinho propicia o desenvolvimento de habilidades importantes para a vida delas, tais como: respeito, confiança, solidariedade e outros.
Por outro lado, existem compostos e substâncias que interferem negativamente no QI do bebê desde a vida intrauterina.
A poluição é uma delas. Agentes poluentes poderiam ultrapassar a barreira placentária e danificar o tecido cerebral do feto. De maneira importante também está o estresse materno. O excesso de cortisol, liberado na corrente sanguínea da mãe estressada, venceria a barreira placentária e alteraria áreas cerebrais do bebê relacionadas ao raciocínio lógico, matemático e leitura.
Outro dado interessante é o uso de aparelhos eletrônicos para estimular os pequenos. Tablets, smartphones e computadores apesar de ser um forte apelo para os pais, a academia Americana de Pediatria contraindica esse recurso a crianças menores de 2 anos. As crianças têm o direito de aprenderem com as brincadeiras livres e não por meio de uma tela. As crianças expostas as mídias eletrônicas apresentam um menor desempenho da linguagem, do desenvolvimento emocional e outros prejuízos não menos importantes.
Em resumo as futuras cognições do bebê vão depender diretamente do controle de peso da mãe antes e depois da gestação, de sua nutrição ao longo da gravidez, da herança genética, da amamentação, do controle do estresse materno e do ambiente nutridor que receberá o futuro bebê.