Quem não gostaria de ter um relacionamento duradouro ou um casamento para sempre – ideal?!
Se é ideal, notoriamente traz a ideia de que é individual, ou seja, estará focado na forma como cada um enxerga o mundo, e, no que cada um deseja para si e para o outro.
Num casamento é possível identificar as bagagens que cada um trás consigo, de sua família de origem, e assim sendo, cada um dos parceiros pode ter concepções diferentes do que é ser feliz.
Dentro de uma relação a dois a mulher tende a conceber o que é ideal para ser feliz e o mesmo ocorre com o homem, sem significar de maneira “stricta” quem está certo ou quem está errado, apenas que ajustes necessitarão ser feitos para que os parceiros desfrutem de uma vida em comum saudável e amorosa.
Na atualidade os noivos estão mais atentos para refletirem o que cada um espera do outro, e, a história da princesa aguardando o príncipe encantado, montado no cavalo branco, está sendo substituída por um relacionamento ou um casamento inteligente.
A alma gêmea também está dando lugar a alguém de carne e osso, que tem direito de errar, de acertar, e, ao mesmo tempo, não carregar nos ombros o “ideal” de fazer o outro plenamente feliz e compensar suas inseguranças, simplesmente porque um foi feito exatamente para o outro.
Não acredito que os parceiros sejam feitos sobre encomenda um para o outro. Penso que quando as relações fluem de maneira assertiva e carinhosa é porque os cônjuges fizeram um investimento afetivo na parceria. Parceria e casamento auto-sustentado envolve pitadas de romantismo e assiduidade amorosa.
A acomodação relacional é um grande vilão no cotidiano dos casamentos. Muitos casais de longa data juntos, que embora convivam sob o mesmo teto, mal se olham e pouco conversam, um desconhece os gostos ou vontades do outro. É a verdadeira solidão a dois. São casais que vivem, mas não convivem. São casais que se esbarram todos os dias, mas não têm intimidade. A partilha afetiva foi feita há muito tempo – Um pra lá o outro pra cá!
Casamento é como um empreendimento imobiliário. Deve ser construído no dia a dia e previsões de sucesso e insucesso devem ser levadas em conta. Será que existe o tão famoso “até que a morte nos separe”? Talvez sim, mas em vida!
Para que um casamento seja uma relação pautada em atributos sólidos é preciso que ambos procurem perceber o outro. Conhecer seus gostos, saber o que desagrada, se importar com as preocupações do cônjuge e sonhar os sonhos juntos.
Não nego que cada parceiro tem seus sonhos individuais, porém, não é por isso que o outro não vá vibrar por eles. Atitudes criativas e de reconhecimento dentro da relação gera uma vida conjugal muito mais significativa.
Claro que homens e mulheres pensam e sentem de maneira diferente e são essas diferenças que geram aprendizado e interação. Numa mesma situação o homem pode visualizar a solução por um determinado ângulo e sua esposa por outro. Entretanto, foi para isso que o casamento aconteceu. Cada um terá sua contribuição na resolução de uma questão e ambas as partes devem ser ouvidas e acolhidas. Pode ser que para um problema a mulher aponte uma solução mais apropriada e para outra questão seja o homem.
O que importa é que ambos tenham voz no processo relacional!