Nunca se falou tanto em empatia como nos dias atuais.
Antigamente era mais fácil nos empatizarmos com as pessoas – ou nâo?
Nos condoíamos por alguém que passava algum tipo de necessidade, nos sentíamos motivados em ouvir uma pessoa com dor emocional e não raro, nos uníamos para ajudar alguma pessoa em risco. Isso nos fazia muito bem e era um valor transmitido dentro das famílias.
O tempo foi passando e alguns valores foram se esmaecendo em função do autocentrismo dos indivíduos, da corrida pelo imediatismo e da precariedade de recursos financeiros. Mas será que podemos deixar de sermos saudosista e voltar a retomamos as coisas boas do “ontem”?
Acredito que a empatia é um grande remédio para mediar a saúde emocional das pessoas. É um antídoto contra o egoísmo, a falta de solidariedade e um balsamo para unir e despertar coisas boas dentro de nós.
A empatia auxilia a colocar nossa força “positiva interior” para fora e motivar boas ações em nós, adultos, e nas crianças. Será que existe uma fórmula para nós mostrarmos e demonstrarmos empatia a nossas crianças?
Penso que não existe uma composição ou um substrato mágico. Entretanto, a empatia pode ser trabalhada no seio familiar e depois reverberar para outras camadas da sociedade: escolas, clubes, serviços de saúde e empresariais, ou seja, uma rede do bem!
Estou sendo muito esperançosa?
Voce, assim como eu, acredita que a empatia pode ser estimulada e difundida? Se sim, venha comigo!
Que tal essas sugestões?
– Estamos, na maior parte do tempo, desejosos em dar conselhos a alguém em situação de aflição. Que tal, treinar nossa habilidade de escutar e estar perto? Apenas estar presente no aqui e agora. Vamos fazer isso com as crianças. Sem cobranças e criticas. Apenas dividir nosso calor, amparo, toque e espaço.
– Tocar o ombro, dar um abraço afetuoso, pegar na mão também são manifestações de carinho e aproximação. A presença física e o carinho gentil são formas de comunicação não verbal e amorosa. Estamos indo muito além das palavras e as crianças aprendendo com nossos gestos.
– As crianças não nascem emocionalmente reguladas e se pensarmos profundamente, nem nós adultos. Temos momentos de destempero e de arrependimento de como exibimos nossas emoções desreguladas. Que tal ajudarmos e ensinarmos nossos filhos sobre o conhecimento das emoções básicas (amor, alegria, raiva, tristeza, nojo). Poderíamos, por vezes, sermos os “Coaches Parentais” das crianças. Estaríamos ensinando sobre sentimentos. Que não existem emoções boas ou ruins. Emoção é emoção e o que vale é o termostato!
– Empatia também se baseia na forma como comunicamos algo. Se falamos a outra pessoa de maneira ríspida ou agressiva, certamente, essa pessoa tende a se fechar e a não nos ouvir. Com as crianças as coisas funcionam da mesma maneira.
Será que podemos fazer diferente?
Será que estamos dispostos a sair de nossos quadrados e ajudar a fazer um mundo melhor para nós e nossos filhos?
Não estou pedindo muito. Estou pedindo, somente e tão somente, mais empatia.
Voce está comigo? Quer embarcar nessa atitude?
Como mãe e ser humano, precisamos de muita gente nessa empreitada!