Nos dias de hoje, falar em relaxar parece coisa extra sensorial, inatingível. Ninguém mais tem tempo, pelo menos, para pensar em levar uma vida menos atribulada. Vivemos no tempo do “time is money” (tempo é dinheiro).
Saber relaxar também é um aprendizado, assim como tantos outros. Os estados de preocupação inundam nossa mente e sem percebermos formamos uma cortina velada, que obscurece possibilidades de uma vida menos assoberbada.
Preocupação, falta de tempo, correria do dia a dia, e, tantas outras variáveis, predispõe nossa mente a viver sob graus diversos de ansiedade, com isso a insegurança acaba por predominar.
Não nego que existe uma ansiedade inerente ao homem, relacionada à construção de nossos pensamentos, contudo muitos de nossos pensamentos, alimentados pela ansiedade em demasia, acabam por agir contra nós mesmos, ocasionando intranquilidade e até doenças.
Não podemos deixar de mencionar as doenças desse século, as psicossomáticas. Consideradas doenças da modernidade, elas refletem indiretamente em nossa maneira de ser e agir no mundo.
A ansiedade desgovernada é sempre um impulso negativo, assim sendo, por que não nos perguntarmos, bem lá em nosso íntimo, o que nos causa tanta insegurança. O que será que precisamos transformar dentro de nós.
Se pararmos para pensar em nosso dia a dia, e, se formos um pouco mais críticos em nossas avaliações, provavelmente notaremos que as grande preocupações não são tantas como nossos olhos viciados experienciam, mas, mesmo assim, despendemos uma energia psíquica incrível, vivendo cada momento como uma grande catástrofe.
Será que não existe espaço em nossa mente para um pouco mais de leveza e menos desastres afetivos?
Cadê o bom humor, a esperança e a possibilidade, que com o tempo as coisas podem se resolver sem tanto estresse e grau elevado de ansiedade? Uma visão tão negativa não nos deixa captar as coisas boas, nem perceber as oportunidades que nos surgem.
Manter nossa autoestima elevada, se escamotear da revolta, desviar da blasfêmia, pode ser uma forma de atingir a alegria e a disposição, para fugir de uma vida onde impera somente as “urgências”.
Ser sensato no mundo atual é uma grande habilidade de sobrevivência. Ela propicia uma forma mais branda de ser e de viver.
Não quero dizer com isso, que de agora em diante vamos viver num mundo só do “relax” e deixar as obrigações e as responsabilidades de lado, pelo contrário, apenas estou sugerindo, que frente a vida conturbada que levamos, usar de ferramentas mais assertivas no sentido de buscar melhores resultados.
Quantas vezes nesses últimos tempos você riu de si mesmo? Quantas vezes nesses últimos tempos você improvisou, sem se sentir culpado por isso? Quantas vezes nesses últimos tempos você vivenciou com seu parceiro, trapalhadas, que depois viraram motivo para graça e aproximação?
Pois bem, acho que está na hora de recrutar o bom humor, reduzir a ansiedade, a insegurança, e, valorizar aquilo que é realmente importante e intenso em nossas vidas.
Que tal realizar um exercício bem simples? Treine deixar o imediatismo de lado, por um certo tempo, e, exercite o emprego da moderação em suas atitudes e oportunidades frente a vida. Ter bom humor é bacana para quem o exercita e para quem convive com o bem-humorado.