Numa situação como essa o melhor a fazer é evitar as emoções exageradas e recorrer a razão.
Caso seu filho esteja brincando com um brinquedo rico em pecinhas e começar a atirar as pecinhas nas outras crianças, tire-o de lá.
Sente-se com ele, mostre as outras crianças se divertindo. Procure explicar que ele poderá voltar para a brincadeira quando ele estiver mais calmo e não for machucar ninguém.
Vamos deixar algumas dicas, porém elas não tem por objetivo servir de manual de instrução. São tão somente exemplos simples de como disciplinar as crianças em algumas situações de estresse físico e emocional que acontecem no cotidiano. Vamos lá:
*Evite perguntas do tipo:
“Como você se sentiria se outra criança jogasse uma bola em você?”. Crianças pequenas não conseguem se imaginar no lugar de outra ou mudar de comportamento baseado nesse tipo de conversa. Mas elas entendem direitinho quando uma atitude gera consequências negativas. Elas ainda “funcionam” ação e reação.
*Procure manter a calma, sim a calma, mesmo sabendo que não é fácil:
Gritar, bater ou dizer voce é “feio”, malcriado ou que não está sendo um menino legal não o fará mudar de atitude. Você só o deixará mais irritado, nervoso e destemperado.
Para que ele possa aprender a controlar a própria raiva e a frustração, a primeira coisa a fazer é ver como os adultos fazem, o famoso modelo. Lembre-se o exemplo é você.
*Imponha limites claros
Não espere seu filho bater ou agredir o irmão pela terceira ou quarta vez para dizer: “Agora chega!”. Ele deve saber que fez algo errado já na primeira vez. Tire-o da situação em que está por um ou dois minutos. Deixe a poeira abaixar um pouco. Isso ajudará a acalmá-lo (e provavelmente a voce também).
Com o tempo, ele vai relacionar o mau comportamento com a consequência ruim, e aí vai compreender e associar que, se morder ou bater, acaba perdendo bons momentos de brincadeira, alegria e a convivência com os coleguinhas.
*Eduque-o da mesma maneira usualmente
Toda vez que possível, aplique a mesma bronca quando ele repetir o mesmo comportamento inadequado. Se ele mordeu, bateu, beliscou, empurrou o irmão e essa não tiver sido a primeira vez, diga: “Você mordeu o Pedrinho de novo e isso quer dizer que vai ficar de castigo outra vez”.
Com essas atitudes habituais seu filho vai notar que sempre que ele faz algo errado você o educa e chama sua atenção da mesma maneira. Existe uma constância em seu comportamento como mãe (e pai).
Mesmo em público, não deixe a vergonha ou o constrangimento impedirem você de reprovar o mau comportamento de seu filho. Outros pais já passaram por isso. Caso as pessoas fiquem olhando, não dê muita atenção.
*Ajude seu filho a se expressar pela palavra e não por meio de atitudes agressivas
Espere seu filho se acalmar e procure conversar com calma sobre o ocorrido (mau comportamento). Pergunte sobre o que o fez ficar tão bravo, chateado ou nervoso. Diga que é normal as pessoas sentir-se bravo, mas que não é por isso que os indivíduos saem chutando, batendo ou mordendo.
Incentive-o a usar as palavras como forma de expressão e não as atitudes raivosas. Ou ainda, ensine-o a contar até 10, respirar fundo e aguardar a raiva passar. É um bom começo.
Não adianta voce fazer um belo discurso e não agir como modelo!
*Elogie o bom comportamento
Sempre que ele tiver um bom comportamento ou fizer uma boa ação, procure elogiá-lo e incentivá-lo a ser assim.
*Limite o tempo de TV
Alguns programas televisivos vem recheados de agressividade, formas abusivas de tirar proveito do outro ou mesmo desrespeito e falta de solidariedade. Quando voce identificar um programa desse tipo, aproveite para conversar com seu filho e explicar que isso não é adequado.
*Providencie atividades físicas
Atividades ao ar livre, esportes, dança e atividades livres ajudam as crianças a liberar energia e criatividade.
*Quando a agressividade saiu do controle doméstico e está interferindo no âmbito social e escolar a procura por um especialista pode fazer toda a diferença.
Paciência, perseverança, limite e bom senso contam muito no dia a dia de pais e filhos. A final, lidar com os pequenos requer muita prática, habilidade e amor.