Sabe-se que é de extrema importância para o bebê,acabado de chegar ao mundo, a amamentação e o interesse da mãe por alimentar seu filho.
Durante a mamada, níveis altos do hormônio ocitocina são liberados fazendo com que a mãe se sinta mais disposta, mais receptiva, amorosa e com vontade de estabelecer um vínculo eterno de amor com o seu pequeno.
Ambos possuem necessidades, as quais fazem com que se procurem mutuamente. O bebê anseia pelo leite, mas também pelo amor, carinho, calor, e contato com sua mãe. Já a mãe, necessita esvaziar os seios cheios de leite que ficam doloridos fazendo com que procure pelo filho e sinta cada vez mais prazer em saciar sua fome.
A amamentação é o momento em que a dupla mãe-filho estão mais unidos física e emocionalmente.
A mãe, durante a amamentação, tem a capacidade de receber para ela todas as angústias do recém-nascido dissolvendo-as e devolvendo em forma de amor, afeto, carinho, daí se dá, muitas vezes, a mãe conseguir acalmar e fazer o bebê parar de chorar enquanto outras pessoas não conseguem.
Estudos mostram que bebês que foram amamentados no seio materno, até pelo menos seis meses de vida, tem um desenvolvimento cognitivo e psicológico melhor dos que usaram a mamadeira.
O amor e o vínculo mãe-filho não é recíproco por natureza, mas adquirido aos poucos e quanto mais rápido for estabelecido este vínculo, maior ele será, sendo a amamentação uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento desse elo de amor.
É na hora que está mamando que o bebê fixa os olhos nos olhos da mãe, sente seu cheiro, calor, revivendo muitas das experiências que tinha no útero materno.
O bebê depende totalmente de sua mãe para tudo, ainda não sabe se alimentar sozinho, fazer passar a dor, e com toda essa troca de amor, a mãe se sente cada vez mais preparada e com vontade de enfrentar qualquer coisa pelo seu filho, fazendo com que sua autoconfiança e satisfação emocional aumentem, assim como também sua capacidade de dar afeto ao bebê.
Rebeca Batista da Silva
Enfermeira intensivista
Coren-SP 171720
“Rebeca Batista da Silva”