Quando empreender em um tratamento emocional mãe-bebê ou família-bebê no domicílio?
Atendimento terapêutico domiciliar funciona? Pausa para reflexão …
A verdade é que técnicas mais ortodóxas não recomendam o atendimento no domicílio. Entretanto, pesquisas mais recentes tem demonstrado que a mudança no estilo de vida ou da modernidade, acabam por impulsionar novos arranjos que facilitem o processo terapêutico, de maneira a trazer alívio e redução do sofrimento familiar.
As mãe que solicitam o atendimento no lar geralmente referem sentir-se muito carentes e muito deprimidas ou mesmo com dificuldade de acesso a um consultório.
Seus sentimentos e comportamentos são de evitação, de ruptura do vínculo amoroso com seu bebê – que se pensarmos no apego (teoria do apego de Bowlby), evoca tipicamente num modelo/sistema ansioso de evitação e baixa autoestima.
Essas mães (e até mesmo futuras mães) queixam-se de isolamento e centradas em sí mesmas. Muitos destes sintomas tem a ver com a maternidade próxima, com o medo das incumbências do presente ou do futuro e com a leitura interna de que são ou podem a vir a se tornarem incompetentes para cuidarem de seus filhinhos.
Os sintomas de tristeza ou de depressão também podem estar associados a um acontecimento doloroso recente ou a reminiscências da parentalidade (desafetos com mãe ou pai – carga transgeracional de deveres e obrigações relacionadas ao abandono, graves negligências ou até maus tratos na infância e adolescência).
Face a tal problemática, a consulta terapêutica domiciliar pode vir de encontro ao atendimento das necessidades emocionais da mãe-bebê ou família-bebê, no sentido de recuperar e manter a relação vincular sadia e a recuperação do modelo de apego.