Como lidar com a ansiedade de separação de seu bebê? Essa é uma pergunta comum nas rodas de mães em muitas pracinhas quando o assunto é bebê.
Não adianta dizer que “meu bebê tem um perfil independente e não está nem aí quando eu saio!” Os bebês quando desenvolvem o apego aos seus cuidadores, normalmente não tem escapatória. É só a mamãe se afastar, o cuidador mudar de local ou a criança perceber um movimento de “saída” que ele arma o beicinho e começa a chorar! Os bebês experimentam algum grau de ansiedade de separação por volta de 6 meses e o pico tende a se estabelecer ao redor dos 9 e 12 meses.
Mas por que isso acontece e bem nessa data?
Nesse período a criança está se tornando mais consciente do mundo ao seu redor e das pessoas que o cercam, em especial seus cuidadores imediatos. O bebê está desenvolvendo o conceito de permanência de pessoas e também a ideia de que as pessoas, os animais e as coisas existem mesmo quando estão longe (de sua vista). Portanto, quando você some das vistas da criança, o seu recurso interno é chorar para lhe trazer de volta.
A percepção de que um indivíduo existe mesmo longe dos olhos do bebê é um marco importante no desenvolvimento da criança. O problema é quando isso se acentua a ponto do pequeno crescer e se tornar inseguro e dependente de seus cuidadores (do tipo chicletinho).
Como lidar com o bebê nessa fase tão importante da criança?
Não é fácil para nós vermos nosso filho sofrendo e chorando por nossa ausência. Entretanto, o treinamento é necessário! Faz parte!
Se você tiver que sair, procure manter suas emoções sob controle, pois, se seu bebê perceber que você está angustiada ou triste, ele vai pensar que algo deve estar errado. Crianças são verdadeiras antenas captoras de sentimentos. Nunca se ausente do recinto sem deixa-la saber que você está saindo, mesmo que seja por curto espaço de tempo. Isso gera angustia, ansiedade e insegurança no bebê. Procure dizer: “Estou indo para _______________ e volto em breve.
Ao voltar, diga um “oiiiiiiiii” bem afetuoso para acolher seu filho e para transmitir segurança e amor. Voce também pode atenuar a questão oferecendo um objeto de conforto, do tipo: bichinho de pelúcia, uma naninha, um brinquedinho ou outro objeto que ele aprecie, para que ele tenha algo familiar próximo.
Transmita segurança! A ansiedade de separação pode ser ampliada se o bebê tiver que permanecer com alguém que ele nunca ficou antes. Amigos que não nos visitam regularmente e que estão desejosos de ter o bebê nos braços, podem deixar a criança muito estressada e insegura. Portanto, as pessoas novas devem se aproximar devagar da criança, com cuidado e muita delicadeza. Assim, o bebê vai se acostumando devagarinho com os novos rostos.
Mostre ao bebê, com atitudes positivas e fácies descontraídas que aquela nova pessoa é confiável e amistosa.
Aumente a convivência do bebê com outras pessoas com regularidade. Para isso, você pode frequentar pracinhas, parquinhos ou ‘Kinder day” para habituar gradativamente o bebê com outras pessoas, além daquelas que ele convive todos os dias.
Se você tiver que se ausentar de casa com regularidade ou voltar a trabalhar, vale a pena você solicitar ao cuidador que ele chegue pelo menos uma hora antes para que o bebê se habitue diariamente com o rosto, a forma de ser carregado e o tom de voz dessa pessoa.
Use a rotina a seu favor e procure deixar seu bebê interagir com outras pessoas. Permita que pessoas de sua confiança converse com ele, interaja com brinquedinhos ou oferecendo algum alimento que você ache adequado.
Caso você tenha que se ausentar por qualquer motivo (trabalho, consulta medica, lazer, compras, outros), ao retornar demonstre alegria, dedique atenção e retribua os gestos de carinho de seu bebê. Essas medidas ajudam seu filho a apaziguar a ansiedade de separação, desenvolver o senso de segurança e a mostrar que você volta e está disponível para ele.