Conviver a dois não é nada fácil, cada parceiro tem sua história peculiar, sua maneira de ser e de ver o mundo. Viver a dois exige um tempero apurado e nada exagerado, ou seja, no ponto certo.
Acertar a mão é o segredo para ajustar as especiarias que adicionamos em nossa relação afetiva.
Colocar um pouco de pimenta desperta o paladar, porém, ao exceder no tempero queimamos a língua.
Pois bem, levar em conta o temperamento de nosso parceiro, seu jeito de ser, como o casal valoriza e aprecia as coisas que acontecem no cotidiano, podem fazer toda a diferença dentro do casamento.
Não subestime o habito que os parceiros têm em expressar o politicamente correto, ser polido no cotidiano. Em relacionamentos duradores, ser amável e empático um com o outro, é uma grande ferramenta para fazer o dia a dia mais leve e gostoso.
Evitar a rispidez, resolver conflitos sem agressividade, dialogar respeitosamente é sempre um convite para estimular a sinceridade e a convivência entre o casal. Por que zombar ou caçoar de nosso parceiro quando ele está colocando algo importante, que o aflige ou incomoda? Isso não é nada educado e muito menos empático.
Há quanto tempo vocês não elogiam um ao outro pelas coisas bacanas que vocês fazem ou constroem? Há quanto tempo vocês não acham graça de pequenos gestos de doçura que a vida apresenta?
Quando o casal perde a conexão, parece que tudo cai no vazio, que as coisas ficam pesadas, e, difíceis de serem levadas. Quando a dupla vive para se criticar, a raiva, o desgosto e as mágoas ficam entre o casal, obstruindo formas saudáveis de comunicação, portanto, controlar a qualidade das palavras que saem da boca ajuda a manter a ligação efetiva e afetiva entre os parceiros.
Casais que vivem emburrados reverberam esse humor para todos os lados. Os filhos não sabem como agir, acabam perdendo a espontaneidade e a auto-referência. Afinal, eles nunca sabem em que momento a “coisa” vai sobrar para eles, pisam em ovos e temem que eles quebrem.
Não adianta tentar reverter palavras “mal ditas” ao parceiro com pedidos de desculpas e alegar que foi sem querer. A mágoa e as figurinhas ficam aderidas no coração.
Procurem elogiar, valorizar, enfatizar o que de fato seu parceiro tem de mais positivo. O que um diz para o outro funciona como um espelho que reflete a imagem positiva ou não do cônjuge. São os olhos do outro, que nos dá referência para abrirmos um sorriso largo, nos sentirmos importante e amado.
Parceiros muito críticos e severos em suas colocações tendem a reduzir a autoestima de quem convive, e, pior, propicia até estados depressivos. Parceiros que prezam pelo cuidado e pela consideração, tendem a manter objetivos de vida a longo prazo, além de uma melhor qualidade de vida a dois.