Quem não gostaria de viver bem, de ter um relacionamento bacana, respeitável e pautado no amor sincero, amigo e companheiro?
Muitas vezes, as pessoas que desejam isso em sua relação amorosa, acabam por cutucar as feridas do parceiro sem dó e piedade. Comunicam-se com seus parceiros de maneira ácida, dolorida e pouco respeitosa. Deixam a relação em carne viva!
Mesmo que, em seu pensar, sua forma de falar está apenas sendo certeira e direta, seu companheiro pode sentir, que você está sendo pouco empática ou cuidadosa. Como resultado, o outro pode se fechar em seu casulo e impedir qualquer forma de comunicação razoável.
Tem pessoas que são mais agressivas e diretas por hábito. Não fazem rodeios para falar o que desejam e muito menos floreiam uma situação, vão direto ao ponto!
Essas mesmas pessoas aprenderam com a vida, que assim elas conseguem o que querem, e, dessa maneira vivem a vida sem sobressaltos ou questionamentos íntimos. E o outro, como fica? Acata ou devolve?
Alguns parceiros acatam e preferem levar uma vida sem muitos conflitos e aceitam o empobrecimento relacional como forma de manter o casamento dentro da madorna. Outros se revoltam, batem o pé e a boca e não chegam a lugar algum, ou chegam sim, ao desrespeito e a fraturas relacionais indeléveis.
Não digo que os parceiros devem estar sempre se comunicando em seu cotidiano “a francesa”. Entretanto, a destruição na comunicação não pode fazer parte do habitual. Afinal quem não gosta de ser ouvido, visto e valorizado perante seu companheiro? No fundo todos querem seu lugar ao sol dentro de um casamento ou de um relacionamento saudável.
Podemos aprender muitas coisas. O ser humano é incrível, sua capacidade de aprendizado não tem limite!
Da mesma maneira que aprendemos a esperar nossa vez em diversas situações (fila do banco, entrada em um espetáculo, chamado de mesa em restaurante) também podemos aprender a nos comunicar com nosso parceiro de maneira eficaz e afetuosa, mesmo estando bravos ou ressentidos de algo.
Chamar a atenção do parceiro não implica em usar práticas desrespeitosas ou agressivas. É possível dizer o que se pensa e o que se sente sem perder a razão, sem usar de humilhação, sem tumultuar a conversa e assim perder o foco, ou, o alvo da conversa.
As palavras ditas sem dó ou piedade podem, em certo momento, causar alívio, mas depois vem o efeito rebote, e, a frase “no fundo eu não queria dizer isso”, pode ser dita tarde demais. Pode soar no parceiro como uma trinca difícil de ser reparada.
Procure se desprender de hábitos arraigados e dê uma chance ao novo. Desconstrua armaduras e relaxe os escudos. Observe que tipo de comunicação você tem empregado em seu cotidiano com seu parceiro. Não o culpe por tudo, ou, por suas frustrações, não o conceitue como egoísta ou mal intencionado, não o contra-ataque em suas áreas mais vulneráveis. Apenas pratique a comunicação construtiva dentro de sua relação.
Procurem reparar quais as situações que os deixam mais “pontiagudas”, com seu parceiro e vice–versa, e, repensem como as coisas poderiam ser diferentes caso vocês agissem de maneira diferente. É sempre possível dar uma nova chance e remodelar velhos hábitos.