Foi só fazer dois anos que o caldo entornou. É destempero de um lado e chororo do outro. Não sei mais o que fazer!
Não é infrequente ouvirmos os pais se queixarem de seus filhos com base na citação acima. E o mais importante, como lidar com essas crianças tão desafiadoras.
Definição A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama. Como lidar com uma criança nesta fase? Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.
1. Não se ofenda por esta fase normal. Quando seu filho diz “não” ele quer dizer “Tenho que fazer isto?” ou “Você está falando sério”? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor (dado os limites pertinentes).
2. Não castigue seu filho por ele dizer “não”. Reprove seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o “Não”, ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer “não”, prolongará este comportamento.
3. Dê a seu filho outras opções. Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele “Quer fazer isso depressa ou devagar?” ou “Quer fazer isto, ou quer que eu faça?” Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.
4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opção As regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, “Sinto muito, mas agora é hora de dormir”) As ordens como “Faça isto ou você vai ver” devem ser evitadas.
5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades. Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.
6.Elimine as regras excessivas. Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.
7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas. Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga “Sim” ou adie a decisão dizendo “Vou pensar”. Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer “não” diga a ele que lamenta e dê um motivo.
Procure um profissional de saúde mental se você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer “não”. – Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações. – Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina. – Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês. – Tiver outras perguntas ou preocupações.