O que você acha desse diálogo?
– Estou mais criativa, ou não?
– Gostei muito, mas ainda acho que podemos ousar mais.
– Sei que não é fácil. Tenho tentado me esforçar e me engajar mais.
– Que bom que não estamos acomodados. Estou me sentindo um homem mais pleno!
Algumas pessoas ao lerem este diálogo podem pensar que o casal ou a dupla estão falando sobre qualquer aspecto da vida cotidiana e não necessariamente sobre sexo..
Muitos casais fazem sexo, todavia, poucos falam sobre sexualidade, desejos, afinidades e intimidade. Alguns parceiros apresentam dificuldade em tocar no assunto por se sentirem constrangidos ou por acharem que falar sobre sexo é checar a “performance” do outro. Falar dos desejos e das satisfações pode causar melindre no companheiro e aquilo que já não era bom pode ficar pior.
Será?
Erotismo e romantismo podem andar juntos?
Calcinha igual a da vovó combina com cueca samba canção? Camisolão para dormir combina com homem peludo?
Arroz combina com feijão?
Não importa a combinação, o que realmente está em questão é se os parceiros desfrutam de uma vida erótica saudável, de uma intimidade afetiva boa e se estão envolvidos emocionalmente. Se realmente estão “encaixados”!
Não estou dizendo que não deva haver individualidade e respeito as fragilidades de cada um, apenas que uma vida sexual aberta, onde cada um exponha sua “verdade” pode fazer toda a diferença num casamento afinado.
Uma roupa sensual pode ser um excelente convite para uma noite de amor apimentada, mas ser realmente quem somos é mais sexy que qualquer vestuário erotizado.
Tenho observado em alguns casamentos que quanto mais um parceiro está envolvido emocionalmente com o outro, melhor é o sexo. Isso tem seu fundo de verdade e pode ser notado com a vinda de um bebê ao lar. O casal tende a “esfriar” para canalizar a energia amorosa para o pequenino. Isso não significa desamor, mas sim, um ressignificar temporário do prazer. Prazer em ver o rebento bem cuidado e bem amparado!
Com o adaptar da nova situação, o casal vai abrindo espaço para a conexão sexual, e assim, voltam a se encontrar novamente, não importando as vestes, a qualidade de atributos físicos e até mesmo se a barriga é tanquinho ou não. O que fala mais alto é a necessidade de se conectarem!
Se dentro dessa conexão houver amorosidade, companheirismo e pitadas de erotismo, melhor ainda.
Portanto, se você mantiver seu casamento pautado numa relação íntima e pessoal, equilibrado com um pouco de ervas finas de curiosidade e desejo, provavelmente a atração mútua será mantida. Não se preocupe com adornos, vestimentas ou perfumes importados. Apenas deixe fluir o que você quer durante o encontro amoroso.
No começo pode ser um pouco difícil, principalmente se a “linguagem” ainda não estiver afiada. Contudo, a máxima do ditado “a prática é amiga da perfeição” tem seu fundo de verdade.
Cultive a admiração mútua, evite comparações negativas e lembre-se que a simplicidade ainda é um potente ingrediente na vida erótica de qualquer casal.