A mãe logo que o bebê nasce sente o imenso desejo de tê-lo nos braços, olhar seu rostinho e afagar seu corpo macio e sedento de calor e afeto.
Nos anos 50 alguns psicólogos recomendavam às mães que deixassem seus bebês chorarem, do contrário, seus filhinhos seriam manhosos, dependentes e só se acalmariam no colo.
O vicio em colo seria tanto que as mães não poderiam fazer mais nada a não ser ficar dia e noite com a criança nos braços.
Hoje os modernos estudos na área de neurociências mostram o inverso – colo faz bem. O bebê deixado sozinho pode sentir-se abandonado, angustiado e amedrontado. Sentimentos e sensações que não fazem bem a nenhum ser humano, principalmente numa fase tão delicada e desprotegida que é o primeiro ano de vida do bebê.
Quando a mãe está perto, o cheiro familiar, a frequência cardíaca e a frequência respiratória retornam ao bebê a deliciosa sensação de um dia já ter vivido e sentido isso. O ambiente devolve ao bebezinho a inspiração de um momento mágico experiênciado dentro do útero. É como se ele estivesse restituindo a magia de uma convivência de proteção e amparo total.
O corpo da mãe promove instantaneamente o relaxamento do bebê – é um verdadeiro “Prozac”.
A mãe que pega seu bebê no colo fica menos ansiosa e mais confiante em sua maternagem, e por sua vez, o bebê também entra nessa sintonia: fica mais tranquilo, mama melhor, sente menos cólica e chora menos.
E ai? Vale a pena acalentar o bebê no colo?
Outro dado que reforça o quanto o bebê precisa de um colinho em seu início de vida é a sua capacidade visual. De início eles enxergam a uma distância de 20 a 30 cm, o suficiente para mirar a face da mãe, encontrar o mamilo e se deliciar do contato olho a olho com sua mãe.
Deixar o bebê chorar e não confortá-lo pode causar danos permanentes na criança. Os estudos comprovam esses danos por meio de estudos de imagem cerebral.
E ai, vai deixar chorar conforme a comadre recomendou?
As crianças que choram sem ser aplacadas em seu desconforto e sofrimento podem tornar-se adultos mais suscetíveis ao estresse, carentes, inseguros, dificuldade de contato social, e muitos referem um sentimento de vazio inexplicável.
O contato mais íntimo com os bebês proporciona uma vida mais segura e promove no futuro relações mais saudáveis no ambiente que as rodeiam.
O colo desperta no bebê uma experiência de amorosidade, segurança e totalidade. Aqui não estou afirmando que os bebês devem ficar no colo o dia todo e que suas mães não podem nem sequer experienciar um banho relaxante e um copo de água fresca. Muito menos que seus bebês não podem nem sequer dar um “resmunguinho”. Estou enfatizando, tão apenas, bom senso e carinho para esse nobre hospede que ficará conosco por muito e muito tempo.
Perto de suas mães os bebês se sentem em casa. Se o bebê chora é por que ele não sabe falar: “ei você ai, poderia trocar minhas fraldas. Eu estou sujinho e com fome” !
Os bebês gostam muito de um colinho e algumas posições facilitam seu dia a dia:
A)Colinho na vertical: após a mamada auxilia o bebê a arrotar, B) de costas para o peito da mamãe: permite que o bebê tenha uma visão melhor do ambiente, C) face a face: o bebê pode se alimentar das expressões faciais da mamãe, D) de bruços: ajuda a aplacar as cólicas do bebê.