Colocar limites é uma forma de demonstrar amor aos nossos filhos. Os limites trazem embutido as regras e os valores familiares.
Limites claros e bem definidos também constitui uma base de segurança para as crianças. A final elas podem entender o que os cuidadores esperam delas. Limites não combina com disputa de poder e muito menos com formas variadas de abuso (físico, psicológico) e humilhação. Limites também pode ter uma dose de flexibilidade quando o caso assim pedir e os pais avaliarem a possibilidade.
Por outro lado, os limites não podem ser muito flexíveis, pois desperta a permissividade. Encontrar o equilíbrio entre a exigência excessiva e a flexibilidade exagerada é o que manterá o elo entre pais e filhos.
Quando seu filho ultrapassa o limite estipulado pela família é crucial corrigir o comportamento da criança sem humilha-la, denegri-la, castiga-la fisicamente, pois a resposta infantil costuma ser a retaliação (se vingar dos pais, fazer da próxima vez e não ser pego) ou ainda fazer de tudo para agradar os pais (por se sentir inferiorizada e culpada).
Será que quando uma criança faz algo errado é possível ensiná-la a fazer o certo sem recorrer a medidas punitivas?
Onde está escrito que a criança precisa ser punida, castigada, se sentir mal para depois melhorar seu comportamento e fazer melhor?
Educar uma criança exige um esforço constante, treinamento e informação. Ginott, H (psicólogo israelense e pesquisador da infância e família) costumava fazer duas afirmações: “Todos os sentimentos são permissíveis, mas nem todos comportamentos o são” e “A relação pais e filhos não é democrática e cabe aos pais determinar quais os comportamentos são permissíveis e aceitáveis”.
Todo ser humano quer ser aceito e integrado na comunidade em que vive e dessa integração nasce a relação de confiabilidade e respeito. A criança habilmente, sob o olhar carinhoso e responsável do adulto, tem a oportunidade de testar comportamentos e entender se esses comportamentos podem ser replicados ou não. E nessa dança entre o que pode e o que não pode é que a relação de confiabilidade entre pais e filhos vão se delineando.
A partir dos 4 ou 5 anos é possível estabelecer algumas regras com as crianças e que a quebra dessas regras pode gerar consequências. Existe regras que não devem ser postas a prova, tais como: segurança (física e mental), bem-estar, higiene pessoal, escola, respeito mútuo, entre outras que podem ser acordadas com família.
A criança desde seu nascimento busca a conexão com o outro e isso a faz um ser social. Um Ser que busca carinho, amor, compreensão, acolhimento, pertencimento e etc.. Ao mesmo tempo que seu filho quer receber coisas boas de seus cuidadores, a criança também é boa por natureza. Os estudos de neurociências mostram que desde a tenra idade os pequenos são altruístas e afetuosos; anseiam pelo certo em detrimento do errado, são cientistas com anteninhas nas pontas dos dedos; querem desenvolver suas habilidades e potencialidades e acima de tudo ser amado e admirado pelos seus pais.
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