Entenda a personalidade de seu bebê e aprenda a tirar proveito dessa fase tão especial para pais e filhos.
Todo bebê é único e não importa a faixa etária. Um bebê pode ser mais calmo, outro mais agitado. Existem os bebês que são mais alertas e certos bebês irritadiços. Ninguém poderá afirmar, ao longo dos dois primeiros anos, que o que o bebê é hoje ele será igualzinho amanhã. Cada criança irá desenvolver sua personalidade e seu jeito de ser e estar no mundo com o tempo. Todavia, podemos fazer uma prévia. Que tal conhecer um pouco sobre os fatores que influenciam na personalidade de seu filho?
Fatores genéticos: pouco é sabido sobre a influência dos genes sobre personalidade dos pequenos. Por outro lado, é consenso na comunidade científica afirmar que o ambiente exerce forte influência sobre o jeito de ser dos bebês. Existe crianças que são mais tímidas e outras que são mais extrovertidas e nenhuma dessas características podem ser consideradas melhores ou piores. Simplesmente é o “contorno” da pessoa.
Sua presença (pai/mãe) faz toda a diferença: independente do sexo de seu bebê, seja ele mais aberto ou não para o mundo, seu cuidado é fundamental para o desenvolvimento global de seu bebê. Cada família desenvolve sua forma peculiar de ser e de se relacionar com seu filho. Contudo, o vínculo que você estabelece com ele faz toda a diferença no desenvolvimento emocional, mental e em sua personalidade. Um apego saudável, o tato, o contato olho no olho, a troca de comunicação verbal e não verbal, responder ao choro e as demandas do bebê, são medidas que asseguram um desenvolvimento saudável e uma boa estruturação da personalidade.
A chave do tesouro: decodifique a personalidade de seu bebê
Por volta de 12 meses você terá uma ideia sobre a personalidade de seu filho, pelo menos no quesito extrovertido ou introvertido. Os bebês extrovertidos adoram explorar o ambiente, ir atrás de aventuras e seus olhinhos e dedinhos possuem imã. Por outro lado, os bebês introvertidos são mais envergonhados e sua curiosidade é mais precavida. Cada bebê reage ao ambiente de uma maneira e como pais devotados devemos estar antenados a maneira de ser de nosso filho. Os bebês mais introvertidos não apreciam muito barulho e excesso de luzes. Ambientes assim despertam a irritabilidade e choros mais frequentes. Por isso, esteja atento aos sinais emanados por seu filho para que ele possa ser atendido em suas necessidades mais internas. Os bebês extrovertidos são capazes até de curtir um casamento inteiro (cerimônia e festa).
Influência do sexo
Existem alguns traços que são inerentes ao gênero e estão relacionados também a nossa ancestralidade: caçar, correr, lutar, proteger a cria, etc..
As meninas são consideradas multitarefas desde muito cedo. Conseguem ser cautelosas, pacientes, desenvolverem habilidades linguísticas antes dos meninos e são mais resilientes quando o assunto é “dodói”
Os meninos são menos emotivos que a meninas e se colocam mais em risco que as meninas – são mais aventureiros. Possuem melhor habilidade espacial e podem correr mais que as meninas.
Ajude seu filho a lidar com os humores
Os bebês demonstram muita satisfação quando se sentem amados e estimulados (e não hiper- estimulados). Brincar, interagir e criar com os cuidadores ajudam no desenvolvimento e aprimoramento da arquitetura cerebral bem como do desenvolvimento corporal do bebê. Estamos estimulando por várias frentes as múltiplas inteligências do bebê.
Os cuidadores devem estar atentos para as doses de estímulo. Se o bebê demonstrar sinais de irritação durante uma atividade ou brincadeira, é preciso ajudá-lo a se acalmar e apaziguar seu desconforto. Procure traze-lo para próximo de seu peito, falar palavras de conforto e “baixar” os estímulos.
Os bebês se amedrontam
– Toda vez que seu bebê perceber a quebra da proteção ele sentirá medo e alguma forma de desconforto corporal. Os bebês, principalmente os mais pequeninos, preferem um ambiente harmônico e sem muitos ruídos. Isso não quer dizer que devemos transformar nosso lar em uma bolha. Apenas oferecer um ambiente calmo e acolhedor para esses “seres” recém-chegados. Se você perceber que seu bebê ficou assustado por qualquer motivo, traga-o aos seus braços e o conforte com muito carinho – palavras suaves e um balanceio podem ajudar muito. É importante que seu bebê associe sua presença ao conforto e segurança, pois, é o que ele realmente precisa.
– Alguns bebês se assustam com a sensação de estar caindo. Quando o bebê estiver no seu colo, evite movimentos bruscos ou repentinos e procure manejar o corpinho do bebê com gentileza e conforto.
– Voce já ouviu falar que os bebês têm medo de estranhos?
Por volta do sexto mês de idade, o bebê começa a estranhar as pessoas que ele não conhece e não gostam de ir ao colo de desconhecidos. São capazes de fazer “beicinho” e cair no choro. Outros viram o rosto! O medo de estranhos até por volta dos 20 meses não é algo patológico, apenas um momento de descoberta do Eu Sou. Até chegar ao Eu Sou leva um tempinho.
Com o tempo, os bebês, vão aprendendo a confiar em outras pessoas e a ampliar seu círculo de confiança.
– Outro medo bem conhecido em relação aos pequeninos é o medo do escuro. Claro que isso é muito raro em bebês antes dos dois anos, mas a partir dessa idade o medo pode surgir. As crianças estão mais conectadas com o mundo e as informações chegam muito rápido e de diversas maneiras. Um dos principais medos é o de monstro.
Sentir medo é natural e os pais precisam oferecer conforto ao seu filho numa situação como a anteriormente citada. Crianças pequenas ainda não tem amadurecimento para se apaziguarem.
Como é possível notar, existem características que são comuns a maioria dos bebês e outras que vão estar relacionadas ao gênero e ao temperamento da criança. O mais importante de tudo é os pais estarem disponíveis de corpo e alma para ajudarem seus filhos a transporem cada fase do desenvolvimento com mais tranquilidade e amorosidade. A maneira como tratamos e educamos nossos filhos irá reverberar para a sociedade como um todo, e, tenho certeza que todos nós queremos uma sociedade melhor.