Existem mães que não podem se desgrudar de seus bebês por um minutinho sequer. Ir ao banheiro, fazer um lanchinho ou outra atividade corriqueira, que o pequeno começa a fazer um “beicinho” e desata num choro sentido e sofrido.
A mamãe não pode nem pensar em se separar do bebê que logo ele desata a chorar num mar sem fim. Tudo parece estar em ordem: bebê alimentado, roupinha apropriada ao clima, fralda trocada, temperatura ambiente agradável, lar harmônico; mas nada disso conforta o bebê – ele só sossega no colinho dos pais, principalmente da mãe.
São bebês que necessitam estar conectados ao seu cuidador o tempo todo. Precisam ser acarinhados, embalados, vistos e acolhidos permanentemente. São bebês muito ativos, insatisfeitos, chorosos, as vezes insones, adoram o peito e querem estar pele a pele com suas mães.
O choro se assemelha a uma sirene de ambulância e o mesmo pode ser ouvido à longa distância, chega a doer os ouvidos!
Não estou querendo induzir os pais, que a maioria dos bebês não choram, mas os “bebês superbonder” são além da conta!
Por vezes, achamos, que essa alta demanda do pequeno pelo cuidador é pura manha! Nada disso, esses bebês precisam muito ser vistos, ouvidos e tocados.
Como diferenciar um “bebê superbonder” de um bebê teoricamente mais adaptado?
Os bebês com grande demanda de seus cuidadores solicitam mais alimento, podem ser insones ou ter o soninho truncado/intermitente, separar-se da mãe é intolerável, queixam-se de dor de barriga e podem vomitar com frequência, e, o colo é o melhor lugar do mundo para ficar. Quando começam a engatinhar não vão muito longe, mantêm os olhos fixados na mãe para não perdê-la de vista.
Você pode estar pensando, “nossa meu bebê de cerca de três meses é assim”! Você está certa, os pequeninos são parecidos com os “bebes superbonder”. Porém, com o tempo eles vão abrindo espaço e se adaptando a rotina do lar.
No fundo, os “bebes superbonder” sempre querem nos dizer algo com seu comportamento super requerente. Portanto, temos que ser reflexivos e termos tempo para olhar para nós mesmos e depois reverberar para o bebê. Afinal o choro do pequeno é a sua mais autentica forma de comunicação, e, dentro de um simples choro pode haver mil significados.
Uma coisa é certa, assim como nós adultos, temos nossa forma de ser e agir no mundo, os bebês são semelhantes. Cada criança tem seu temperamento peculiar. Uns são mais carentes do que outros, uns são mais ativos do que outros, uns são mais calmos do que outros e assim por diante.
Como agir com um “bebê superbonder”?
A solução não passa pela magia! Ser paciente, tolerante, ter bom senso e carinho são as principais ferramentas para lidar com a situação. Caso você perceba que está muito difícil lidar com um bebê que requer sua presença o tempo todo, procure ajuda especializada!