Evite o criticismo e estimule seu filho a andar para frente. Críticas em demasia não ajudam os filhos a desenvolverem uma boa autoestima.
Tenho comentado nos artigos anteriores que as melhores maneiras de trazer nossos filhos para uma vida saudável, de bem com a vida e com responsabilidade são: ajudando as crianças a reconhecerem e a lidarem com as emoções; reconhecendo que as emoções podem gerar intimidade com o outro; desenvolvendo a empatia e legitimando as emoções de nossos filhos; dando nome ao que sentimos e falando sobre isso e colocando limites claros. Sempre que possível ajudando as crianças a encontrarem uma resolução para os problemas. Quanto mais praticamos os itens acima mais conscientes ficamos do que sentimos e com maior facilidade e flexibilidade nossos filhos sabem lidar com as emoções.
Não estou afirmando que dominar os itens acima nos farão deslizar num mar de rosas e que nossos filhos estarão sempre dispostos a colaborar, falar do que sentem, cooperar frente a uma solicitação parental ou para tudo ter uma solução na ponta da língua. Lembre-se, estamos falando de crianças. E crianças são imaturas!
Todavia, como pais habilidosos e conectados com nossos filhos, sabemos de antemão que sempre precisamos ter uma caixa de estratégias educativas para lidar com as crianças – do tipo caixa de ferramentas! Uma estratégia muito boa a considerarmos é evitar o criticismo! Criticismo é uma arma poderosa capaz de causar destruição em massa na autoestima infantil (do adolescente, do adulto). Quando você trata seu filho de maneira depreciativa, com tom de indulgencia, com desdém, com sarcasmo, com uso abusivo de apelidos jocosos ou pouco caso; seu filho não se sente importante para os pais ou seus cuidadores. Vou deixar um exemplo bem simples e corriqueiro. Quando você for levar seu filho para visitar um parente evite dizer: “Não seja um mal educado ou tontão subindo nos moveis de sua tia Ana!” – Simplesmente diga: “Não trepe nos móveis de sua tia Ana – Isso não é adequado”! ROTULOS cortam a empatia!
Estudos mostram que crianças submetidas ao criticismo exagerado e pais que colocam rótulos em seus filhos, apresentam níveis elevados de hormônio de estresse, apresentam dificuldades em manter as amizades e têm maiores dificuldades nos estudos.
Quando seu filho lhe contar um caso ou uma situação, preste atenção, mantenha olhos nos olhos e não perca a conexão. Faça um sinal positivo com a cabeça que o está ouvindo e entendendo (ou um “hum hum”) e só depois de concluído o pensamento de seu filho é que você fará as considerações respeitosas sobre o que você ouviu.
Famílias com bom preparo emocional costumam usar um tom de voz baixo e positivo, calmo e passam as informações com clareza e de maneira gentil. O elogio não é generalizado, pois, quando o fazem, o fazem de maneira especifica e recordam o processo para fixar o entendimento. Por exemplo: “Muito bom meu filho, você acertou esta conta de matemática! – Primeiro você armou a conta e depois realizou a operação. Fazendo assim fica mais fácil!” É como se os pais respeitassem passo por passo, degrau por degrau no processo educativo e de aquisição de competências das crianças. Isso ajuda a incrementar a autoconfiança infantil e seu desejo de atingir beneficamente o próximo estágio de amadurecimento ou de dificuldade.
Pais que desenvolvem atitudes de preparadores emocionais de seus filhos não precisam apelar para joguinhos de poder, de punições ou atitudes desrespeitosas, de criticismo para com as crianças para que seus filhos andem positivamente em direção aos seus objetivos e conquistas.