Hoje em dia muito tem se falado sobre inteligência emocional. Adultos que desenvolvem este tipo de inteligência apresentam a tendência em serem mais felizes e de bem com a vida.
Pois bem, crianças que são estimuladas a desenvolverem a IE também apresentam maior tolerância a frustração, serem mais resilientes e também mais felizes.
Antes de comentarmos sobre IE precisamos conhecer um pouco de outro assunto – as emoções. Afinal são sobre elas que atua a inteligência emocional.
As emoções surgem como processos centrais no funcionamento humano, desempenhando um papel importante como organizadores no desenvolvimento cerebral e em diversos domínios do funcionamento psicológico e social.
A pessoa é, constantemente, confrontada com situações onde a emoção se encontra presente, pelo que se torna importante aprender a lidar com as situações emocionais e adquirir hábitos mais adaptativos para lidar com elas.
Há autores que fazem referência a dois tipos de emoções: as emoções-choque e as emoções-sentimento.
Nas emoções-choque, a reação é muito curta. A pessoa reage a um dado acontecimento imprevisto, evidenciando falta de mecanismos de adaptação adequados.
As reações a emoções-sentimentos são duradouras e menos intensas, pelo que são também denominadas apenas por sentimentos.
Classificação das emoções
A literatura especializada evidencia a existência de vários tipos de emoções:
- Emoções negativas – são as emoções desagradáveis experimentadas por uma pessoa quando não consegue atingir um objetivo, perante uma ameaça ou uma perda.
- Emoções positivas – são emoções agradáveis, que uma pessoa experimenta quando concretiza um objetivo.
- Emoções ambíguas – são as emoções que nem são positivas nem são negativas, ou podem ser ambas as coisas, consoante a situação.
- Emoções estéticas – são as emoções originadas pelas manifestações artísticas e podem ser positivas ou negativas.
Emoções negativas: Ira – raiva, cólera, rancor, ódio, fúria, indignação, ressentimento, aversão, tensão, exasperação, excitação, agitação, aspereza, inimizade, aversão, irritabilidade, hostilidade, violência, nojo, inquietação, inveja, impotência.
Medo – temor, horror, pânico, terror, pavor, desassossego, susto, fobia.Ansiedade – angustia, desespero, inquietação, stress, preocupação, ânsia, nervosismo.Tristeza – depressão, frustração, decepção, aflição, pena, dor, pesar, desconsolo, pessimismo, melancolia, saudade, desalento, abatimento, desgosto, preocupação.
Vergonha – culpabilidade, timidez, insegurança, rubor, pudor, recato, corar. Aversão – hostilidade, desprezo, aspereza, antipatia, ressentimento, rechaço,receio, nojo, repugnância.
Emoções positivas
Alegria – entusiasmo, euforia, contentamento, prazer, diversão, gratificação, satisfação, êxtase, alívio. Humor – (provoca: sorriso, riso, gargalhada. Amor – afeto, carinho, ternura, simpatia, empatia, aceitação, cordialidade, confiança, amabilidade, afinidade, respeito, devoção, adoração, veneração, enamoramento, gratidão. Felicidade – gozo, tranquilidade, paz interior, satisfação, bem-estar.
Emoções ambíguas
Surpresa
Esperança
Compaixão
Emoções estéticas
A partir do conhecimento das emoções e suas categorias, agora estamos no caminho para entrar na inteligência emocional infantil.
Mas o que é inteligência emocional?
A IE é a habilidade que o indivíduo pode desenvolver para motivar a si mesmo a persistir mediante situações frustrantes, controlar os impulsos, canalizar as emoções para situações apropriadas, praticar gratificações, motivar pessoas, auxiliando-as a liberar suas melhores habilidades e potencialidades.
Para isso, alguns passos básicos podem ser seguidos;
- Perceber as emoções da criança e as próprias
- Reconhecer a emoção como uma oportunidade de auto-conhecimento
- Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança
- Ajudar a criança a verbalizar as emoções
- Impor limites, exibir regras claras e auxiliar a criança a encontrar soluções adequadas para os seus problemas e desafios.
Lembrar que a IE da criança é moldada na interação com a família, em clima harmônico. Não estou afirmando que não teremos momentos de raiva, irritação, mas sim, que poderemos agir de maneira assertiva sem causar arrependimentos futuros. Reconhecer as emoções que prejudicam a nossa vida e nosso desempenho é um passo para aprendermos a gerenciá-las e obter caminhos mais agradáveis e um melhor desfecho nas relações familiares e fora dela.
Como desenvolver a inteligência emocional com nossos filhos?!!
Esse será nosso assunto do próximo post.