Quem nunca falou para o seu filho “Não fale com pessoas que você não conhece”; “Não aceite balas ou guloseimas de estranhos”; “Não aceite carona de quem você não conhece”; entre outras frases de preocupação.
Alertar os filhos é sempre válido, mesmo por que as crianças, em sua ingenuidade, tendem a confiar nos mais velhos ou em pessoas que “vendem” uma imagem de credibilidade. Ninguém está dizendo que seu filho precisa virar um anti-social de uma hora para outra. Apenas que ele adote medidas de auto-proteção. A melhor coisa é ensinar a criança a se proteger quando você não estiver por perto – estamos falando em proteção e não em “neura”.
A melhor forma de proteger as crianças de pessoas desconhecidas que possam causar algum dolo é estipulando regrinhas básicas do tipo: quando eu ou um cuidador estivermos perto de você, você pode ser simpático e aceitar um diálogo, do contrário, evite ser empático com estranhos.
Não aceite passeios ou oferta de diversão de estranhos. Essas pessoas podem causar algum prejuízo a você. Solicite a ajuda de um adulto o mais breve possível. Se preciso for, pratique, ensene ou faça um teatrinho da regra sugerida até que você esteja segura de que seu filho entendeu sua solicitação.
Ensinar seu filho a se proteger não quer dizer causar pânico ou traumas na criança!
Catastrofizar uma suposta situação pode gerar trauma ou retração na criança. Alerte seu filho de forma lúdica, contando estórinhas, fazendo um teatrinho com bonecos ou até mesmo inventando uma musica sobre o tema. As crianças amedrontadas não agem, apenas reagem e a reação pode ser de estagnação.
Sempre que possível relembre as regras com seu filho e pontue positivamente quando ele fizer o que você solicitou de maneira positiva. Não é por que ele deve ser precavido que ele não pode ser amável e agradável com as pessoas que são de seu meio e do ambiente social da criança (amigos, professores, familiares).
Como a criança pode saber se um indivíduo é confiável ou não?
Acredito que é muito difícil! As vezes, até nós, adultos, nos enganamos com as pessoas que parecem ser confiáveis ou não. Por isso as regras são necessárias e enfatizá-las usualmente serve de precaução.
Evite amedrontar os pequenos com histórias aterrorizantes de crianças sequestradas, sumidas, assassinadas ou até com programas de televisão apelativos que incentive o medo ou receio nos indivíduos.
Lembre-se cumprimentar as pessoas é uma coisa (educação e simpatia), porém abrir a guarda é outra!