Ao lembrarmos de nossa história familiar, temos a tendência em confiar que não cometeremos os mesmos erros de nossos pais com nossos filhos.
Que faremos de tudo para sermos honrosos, dedicados, pacientes e com grandes esperanças de termos filhos maravilhosos e bem sucedidos.
Ora, não precisamos ser perfeitos para termos bons filhos, mesmo porque a perfeição não existe, ou, você acredita que sim? Podemos lutar por nossas batalhas e objetivos, sem nos tornarmos intransigentes e rígidos demais com nossas crenças. Afinal, crenças não são certezas!
Nem tudo que as crianças fazem inadequadamente estão em desacordo ao ponto de serem sempre corrigidas ou disciplinadas. Algumas pequenas coisas podem passar em branco e deixar o dia mais leve. Quem de nós nunca cometeu um pequeno deslize, que atire a primeira pedra! Criticar o tempo todo uma criança provoca em sua mente marcas indeléveis de baixa autoestima e insegurança. É como se o pequeno tivesse que se controlar permanentemente, perdendo sua espontaneidade e simplicidade.
De vez ou outra, vale a pena “dar uma de cego” e não assumir, para o bem honroso da família, que uma pequena regra foi quebrada. O que realmente obstrui o bom andamento da casa, da convivência familiar e social é o rompimento de regras fundamentais, tais como: xingar, gritar, bater, desobedecer e outras estipuladas pela família.
Bom senso e flexibilidade podem fazer toda a diferença no convívio com as crianças. Por meio de exemplos é possível mostrar aos pequenos o que esperamos deles e que rotina faz o mundo girar sem tropeços, mas que também, alterar seu curso de vez em quando, também pode fazer a diferença em um dia especial. Eu me lembro que quando criança, no meu aniversário, minha mãe dizia que ninguém podia brigar comigo naquele dia. Eu me sentia especial! Entretanto, estava tão feliz que me esquecia, que poderia fazer alguma arte e “não”ser punida por ela!
Quando mostramos aos nossos filhos que elasticidade pode ser bem vinda, demonstramos que o mundo torna-se mais colorido e alegre, e, que criar e educar os filhos é muito prazeroso. As crianças, assim como os adultos, gostam de ser reconhecidas pelas coisas boas que fazem. Sentem-se gloriosas, envaidecidas e com elevada autoestima. A tendência é repetir o comportamento. O contrário acontece com o pequeno que vive sob o domínio da crítica!
As crianças crescem e evoluem com uma rapidez absurda. Penso que uma deve olhar para a outra e se surpreender consigo mesmas. Elas são criticas umas com as outras, e, não raramente precisam dos pais para modularem sua percepção em relação a elas e a outrem. Quero dizer que os pequenos entendem o mau comportamento de um coleguinha, a atitude desleal de um amigo para com outro e até mesmo uma bronca desmerecida efetuada pelos pais ou responsável.
Portanto, a “geração selfie” aprecia ver sua “auto foto”, mas também aprecia reconhecer, em si mesma, que são boas crianças, boas cidadãs e boas filhas. Para isso, os pais funcionam como testemunhas ativas do desenvolvimento de seus filhos e são reconhecedores de seu valor intrínseco de que eles fazem toda a diferença no mundo. Entretanto, nada disso será possível sem uma boa base de amor, confiança, respeito e constância nos valores familiares. Por isso, não se apegue as batalhas insignificantes ou pouco representativas no cotidiano das crianças!