Todo pai e toda mãe sabe que criar e educar os filhos exige habilidades, competências, senso apurado, uma boa dose de flexibilidade para termos a atenção, e, a cooperação dos pequenos. Lidar com crianças na fase pré-escolar exige muita paciência e perseverança. Afinal, eles testam nossas habilidades paternais o tempo todo. Fazem para assegurar sua própria existência no mundo que as cercam.
A imaturidade, característica esperada da infância, acaba deflagrando em nós, pais, sentimentos confusos, ora de raiva por eles não nos obedecerem, ora de remorso por sermos rígidos e críticos em demasia com as crianças, de vez em quando.
Ainda bem que existem algumas maneiras de deixar o cotidiano do lar mais leve e assertivo. Basta que os senhores pais se desnudem um pouco da roupa de autoridade e vistam a capa da imaginação criativa, e, usá-la como ferramenta adicional na resolução de problemas com os pequenos.
Se tomar a sopa ou comer uma refeição está tão difícil para a criança, porque não lançar mão, mesmo que uma vez ou outra, de uma história criativa: a sopa será o liquido quentinho que quando ingerido deixará a criança mais forte e corajosa. O brócolis e a cenoura ganharão a forma de uma árvore frondosa, com frutos redondinhos capaz de promover a inteligência e muita disposição para brincar. As crianças vão amar uma inovação!
A música também pode ser uma aliada a mais. Uma canção que agrada aos ouvidos infantis pode promover verdadeiros milagres. Guardar os brinquedos ao som da dupla “Palavra Cantada” estimula até o mais teimoso a mudar sua atitude e entrar na “dança” da cooperação.
Queremos que nossos filhos entendam uma determinada situação ou conflito, mas ao mesmo tempo não sabemos como abordar a problemática sem confundi-los ou deixá-los confusos. Uma boa saída é lançar mão das historinhas. Elas ajudam a aliviar o tédio da ante-sala do pediatra, do extenso percurso dentro de um meio de transporte, além de promover também uma certa tranquilidade.
É possível, por meio dos contos, falar sobre assuntos que sem eles seriam muito educativo e pouco tocante ao coração das crianças. Os contos e as histórias infantis ajudam a passar valores éticos e morais aos pequenos sem ser chato e cheio de lição de moral. Contar histórias é um verdadeiro compartilhar de emoções e afetividade. O tempo passa sem perceber que ele está passando, além de ser mágico aos olhos e aos ouvidos infantis.
Quando os pais são mais abertos e disponíveis para seus filhos, as crianças ficam mais livres para expressarem seu jeito de ser e de agir no mundo. Sabem que o papai e a mamãe são seu verdadeiro porto seguro e com eles podem contar sempre que preciso for. O desenvolvimento da empatia, da cooperação e da sensibilidade são estimulados pelo comportamento aberto e amoroso dos pais.
Não estou fazendo apologia a um lar complacente, mas sim a um cotidiano menos critico. Quando o assunto com os pequenos for realmente sério, não deixe de lado o olho no olho, a mensagem direta e clara, mas sem ameaças. Não permita que a raiva tome o lugar do bom senso e da consistência.
No caso de dúvidas em relação à educação de seu filho, use o conhecimento ao seu favor. Leia, questione e procure deixar bem longe expressões física e emocional de violência. A criança que realmente se sente amada e respeitada, responde ao mundo com generosidade e esperança.