Com tantos programas de TV, revistas, sites e outras mídias a mamãe de primeira viagem passa a acreditar, que cuidar de seu bebê será sempre descomplicado (meio ilha da fantasia). Não quero induzir as futuras mamães, que a tarefa de assistir ao primogênito será difícil, porém, se evitarmos algumas situações que despontam no cotidiano, os cuidados poderão ser muito mais amenos e prazerosos.
A maioria das mães, ao receber seu bebê nos braços, pensa que de agora em diante seu tempo será exclusivo para o pequenino. De início, isso é verdadeiro. O nenezinho precisa da mãe de corpo e alma voltada para ele. É claro que nos primeiros meses repousar ou tirar uma boa soneca será complicado. É só começar a relaxar, que um chorinho logo aparece. Surge como um pano de fundo para nos lembrar, que precisamos fazer algo pelo bebê.
Por outro lado, existem situações, que não podemos baixar a guarda, uma delas é a alimentação. Mamãe bem alimentada é coisa séria! A mãe precisa de um aporte nutricional adequado e saudável para seguir com a amamentação.
Não dá para ir a academia? Não se desespere. Um passeio agradável com o bebê no carrinho pode atenuar a falta de exercícios físicos. A saída de casa e um bom ar fresco ajudam mãe-bebê a recuperar o fôlego e assegurar um tempinho para relaxar a mente.
Quem não sonha com o quarto do bebê bem arrumadinho, decorado em tons coloridos, que atraia muita alegria ao recém-chegado. Lembre-se de um detalhe, o excesso de adornos no quarto do bebê pode ser superestimulante para o pequenino, além de reter pó, que predispõe a alergias e ao nariz entupido. Objetos dentro do berço também devem ser levados em consideração. Podem provocar sufocamento!
Na hora do soninho, a posição “barriguinha para cima” é recomendada pela sociedade Brasileira de pediatria para evitar a morte súbita.
O que o bebê precisa em seu começo de vida é de muito amor, carinho, proteção, e, de um ambiente calmo, limpo, arejado e apaziguador.
Não caia no conto do vigário, de achar, que o bebê só chora quando tem fome. Ele chora para se comunicar. Como o pequeno não sabe usar as palavras ou apontar para algo que deseja, o choro pode ser entendido como “eu preciso”. Eu preciso de um bom leitinho morno, de descanso, de ter minhas fraldas trocadas, de um colinho e aconchego, etc.
Evite ser tão exigente com você mesma na busca da perfeição com os cuidados de seu lar. Procure relaxar e vivenciar com alegria e leveza a maternidade.
Valorize as fases de evolução de seu bebê e permita se desconstruir a cada aquisição ou sorriso de seu filho. Observe como ele toca sua pele quando mama, como ele olha para seu rosto e como ele se amolda em seu corpo. Parece dois em um!
Não é raro que o grande entrosamento mãe-bebê, possa sem querer, deixar o papai um pouco de lado. Pai é tão importante quanto à mãe. Ele só não engravida e dá a luz. Estimule-o a participar da rotina da criança e o inclua nas atividades importantes do bebê. Demonstre o quanto ele é necessário para vocês dois. Não seja tão controladora, pois, o papai pode cuidar tão bem do pequeno quanto você. Ele apenas o faz de uma maneira diferente!
Até o fim do primeiro trimestre, o bebê costuma acordar a cada duas ou três horas para mamar e dorme nos intervalos. Todavia, não se esqueça, que o bebê não está congelado num ciclo dorme-acorda-mama. Ele apresenta picos de crescimento e desenvolvimento físico e mental. Sempre que esses picos acontecem é possível que haja repercussões sobre o sono, o apetite e o humor.
O que fazer? Paciência, paciência e paciência!
Respeite as necessidades do bebê e reflita sobre o bom trabalho que você tem feito com ele.
Procure suas amigas, mas não fique comparando seu bebê aos delas. Cada bebê tem seu ritmo, seu tempo de amadurecimento e os picos de desenvolvimento são flexíveis. Na dúvida, aborde os questionamentos com seu pediatra, leia matérias confiáveis e livros de boa referência. Não de ouvido as comadres “bem intencionadas”.
Não seja altruísta, aceite ajuda nos meses que seguem após o nascimento de seu filho. Divida as atividades com as pessoas de sua confiança. Distribua tarefas com as pessoas solicitas e solidárias.
Confie em seu instinto materno, no fundo as mães sabem o que é bom para sua cria e esse instinto ajuda as mães a se ligarem positivamente aos seus bebês e, assim, criarem uma fonte nutridora e segura de amor, carinho, amizade e confiança.
Relaxe e na dúvida, lembre-se que os tempos tão gostosos e dedicados ao bebê não voltam mais e essa fase poderá ficar em nosso imaginário para sempre, povoando nossa mente e nosso coração de amor, carinho e uma vontade imensa, que um dia, esse momento possa voltar em nossas recordações afetuosas.