Os bebês, desde sua idade mais tenra, são capazes de coisas extraordinárias. Por extraordinárias exemplifico conhecimentos que os colocam no topo das capacidades do reino animal.
O primeiro ano do bebê pode ser considerado como um marco em seu desenvolvimento.
É uma corrida rumo as conquistas e habilidades que assegurarão, ao pequenino, um espaço “preferencial” no mundo em que vivemos – no mundo pensante em que existimos. Os bebês deixam a fase “molinha” para, com o tempo, tornarem-se verdadeiros desbravadores do ambiente que os cercam.
No primeiro mês os bebês dormem a maior parte do tempo e nem por isso estão simplesmente curtindo um soninho. Eles estão aprendendo sobre o mundo. Conhecendo a mãe em suas particularidades (cheiro, voz, gosto do leite materno, toque, carinho, ruídos, etc.) e descobrindo situações de desconforto, como, umidade, calor, barulho, dor, entre outros.
Com a entrada do segundo mês, os bebês garantem uma boa sequencia de aprendizado sobre princípios da física. Aprendem que tudo que sobe / desce, ou seja, chupetas, mamadeiras, brinquedinhos e outros dispositivos do mundo infantil não se sustentam no ar sem o suporte das mãos da mamãe ou de outro cuidador. Aprendem também que os objetos não desaparecem simplesmente por saírem de seu campo de visão. Eles criam a expectativa que em breve eles reaparecerão novamente.
Com a chegada do terceiro mês, os bebês iniciam a sustentação do pescoçinho e, a partir disso, seu campo de visão começa a mudar. Sua força está mais acentuada e agarrar objetos e brinquedinhos é seu grande prazer. Que o diga os cabelos da mamãe. Vacilou, tracionou!!!
Parece incrível, mas no quarto mês de vida do bebê, ele é capaz de “nadar”, pois apresenta o reflexo de prender a respiração dentro da água. Ele está treinando para ser o Cielo de amanhã!
Quem disse que os bebês só se interessam pela física, ou seja, causa e efeito? Pois bem, os pequerruchos, nessa fase, estão começando a treinar para as olimpíadas de matemática. Apresentam noções básicas de mais e menos. Sabem quando lhes é apresentado um número “x” de objetos e percebem quando algum é retirado. Como? A expressão facial muda quando isso acontece – existe uma situação de ansiedade.
É um biólogo em experimentação. Aos seis meses está mais autônomo e o fato de sentarem sem auxílio dos pais, permite olhar o ambiente em sua totalidade e os detalhes aparecem como verdadeiras lupas. Junto com sua capacidade em focar detalhes, aos sete meses o pequeno já está desenvolvendo sua habilidade em perceber as emoções do outro – A fazer a leitura facial das emoções.
Os bebês desde cedo apresentam noção de hierarquia, e essa habilidade aparece nas criançinhas de oito meses. Elas percebem quem manda no pedaço, quem é o maior, quem tem mais força. Em adição, muito antes de iniciarem a linguagem eles são capazes de fazer amizade. Aos nove meses, interagem com amiguinhos da mesma idade, oferecem sua chupeta ou sua mamadeira ou ainda um brinquedinho quando percebe que seu amigo está chorando ou com face de sofrimento. É o início da empatia!
Aos dez meses o bebê está a mil – seu desenvolvimento neuromotor é exponencial. Adora engatinhar pelo meio que o cerca, “conversa” (balbucia) ao longo do dia, aprendem musiquinhas e se balançam com o ritmo delas. Quem nunca viu vídeos na internet com bebês dançando ao som de musicas que “alimentam” seu ouvido musical? Pois bem, aos onze meses os pequerruchos conseguem perceber diferenças nos ritmos musicais e a vibrarem mais com as musicas que lhe incitam os movimentos corporais e a se acalmarem com musicas mais tranquilas.
Finalmente, aos doze meses os bebês estão rumo aos primeiros passos. Passos em direção a frente de seu tempo, mas também rumo a detectar os mentirosos. Percebem quando o adulto expressa uma coisa e faz outra. E tem gente que acha que pode enganar um bebê – ledo engano!!