Introdução
Para muitos pais uma nova gestação pode causar preocupação no que diz respeito ao que o filho mais velho vai sentir; quer relacionado aos sentimentos positivos, quer no que diz respeito ao tão famoso “ciúme”.
Os pais temem que seus filhos fiquem inseguros, perdidos em um mundo “esvaziado”, a final das contas, o universo era só dele. Num passe de mágica, para a criança, seu espaço vai ser dividido com um “cara” que ele não escolheu e muito menos pediu que viesse ao mundo (pelo menos na maior parte das vezes).
As crianças pequenas, e, por pequenas digo dois ou três anos, não gostam de partilhar suas coisas e seus objetos. Portanto, o que dirá ter que dividir os pais!
Por isso, pedir ao primogênito que ele ceda seus brinquedos, pertences e os pais ao irmãozinho que está chegando, não é uma tarefa fácil e o que fica, de imediato, é um sentimento de abandono e perda.
Tudo estava indo tão bem!
Mamãe e papai estavam sempre presentes só para me atender.
Minhas coisas eram tão somente minhas e a casa tinha um belo espaço para eu transitar e me esbaldar!
Um turbilhão de emoções
Com a possibilidade de chegada de um irmãozinho, a criança começa a experienciar sensações desconhecidas. Sente que pode ser excluída, e, que a chegada do bebê significará a perda do “trono da real majestade”, mas ao mesmo tempo, que ele poderá ser seu amigo.
Não estou afirmando que todas as crianças terão o mesmo grau de ciúme ou de sofrimento. Apenas que coisas assim podem acontecer.
Algumas crianças demonstram seu ato de repúdio, tornando-se mais chorosos e fazendo birras por situações banais. Outras ficam desobedientes, agressivas e se negam a realizar rotinas habituais.
Não é raro os pequenos voltarem a velhos costumes, dentre eles os mais comuns são: chupar chupeta, retornar a mamadeira, falarem de maneira mais infantilizada, etc. Parece que desaprenderam as coisas que os fizeram andar para frente.
Há também os que, mesmo após terem sido desfraldados, voltam a urinar na cama ou a pedir a fralda no momento de evacuar.
Comum também algumas crianças apresentarem alteração do sono, falta ou excesso de apetite e crises de ira.
Vale a pena lembrar que esses sintomas podem não surgir de uma vez só. Podem vir homeopaticamente.
Por que eles reagem dessa maneira?
É um ato de repúdio?
Querem se vingar por sentirem que não são mais preteridos pelos pais?
NÃO!
O comportamento tem um objetivo muito mais simples e delicado. Eles querem dizer com atitudes e comportamentos aquilo que eles não conseguem dizer em palavras: que precisam e querem muito a atenção de seus e demais familiares.
O irmãozinho, aos olhos da criança, pode ser muito ameaçador. Ele fica grudadinho na mãe o tempo todo e de quebra é gracioso e muito sedutor.
Como são ainda imaturos emocionalmente, as crianças precisam primeiro andar um pouco para trás para depois andarem com mais segurança para frente.
O caminhar para frente vai requerer uma boa dose de paciência, carinho, atenção e diálogo dos pais.
Por outro lado, o ciúme não é de todo ruim para o pequeno. A chegada de um irmãozinho proporciona a criança mais velha noções mais claras de limite, de divisão de coisas, de viver em sociedade e a modular sua relação afetiva com o meio onde vive.
As crianças menores, de dois ou três anos, embora apresente algum grau de autonomia, sentem-se ameaçadas ao ponto de regredirem um pouco em seu comportamento habitual. Já as crianças de três a seis anos interpretam a chegada do irmão como alguém que veio para tomar a atenção dos pais e roubar-lhe o espaço e o afetos de seus pais.
Gestação nos dias atuais
A vantagem de estar grávida nos dias atuais é que a gravidez costuma ser bem vinda e todos acabam falando e participando da gestação a sua maneira.
Pensar que a algumas décadas atrás, a gravidez era motivo de sussurros, ocultação da barriga e pouco se comentava sobre o assunto perto das crianças.
Muitas acreditavam realmente que eram oriundas de vegetais (repolho, pé de couve), aves (cegonha), sementes (milho, feijão) e até de anjos que as traziam do céu.
Que bom que hoje as crianças desfrutam de um ambiente verdadeiro desde que a mãe descobre que está grávida pela segunda vez. As conversas são abertas e a criança mais velha entende que a barriga da mamãe cresce por que lá dentro existe um bebezinho.
A vantagem de contar desde cedo ao primogênito sobre a chegada do novo bebê, permite que ele vá se acostumando com a ideia de ter outra criança em casa.
É claro que existem situações que vão exigir um diálogo mais cuidadoso com a criança, principalmente se a mamãe já tiver tido histórico de abortos ou deficiência em manter com segurança a gestação.
Nesse aspecto, vale a pena os pais serem mais cautelosos antes de afirmarem a gravidez para o filho mais velho.
Sentimentos de quem chegou primeiro
A chegada do irmãozinho pode gerar sentimentos positivos e negativos no irmão mais velho
Essa pequena coisinha veio para tomar o meu lugar – Eu não sou suficiente para o papai e a mamãe. Agora tenho que dividir tudo!
O nascimento do bebê deve ser interpretado pelos pais como um processo que querendo ou não vai gerar alguns desequilíbrios naturais na vida da família, mas que leva a crescer e encarar a vida de outra maneira.
Se a vinda de uma criança a família é normal, porque o irmão mais velho fica tão ressentido?
O nascimento de um bebê, aos olhos do irmão mais velho, aparece como uma ameaça. Ameaça de perder o amor, carinho, afeto e atenção exclusiva de seus pais. Até agora todas as atenções eram voltadas para o primogênito.
Antes da chegada do irmãozinho a visibilidade dos pais e familiares era para o filho mais velho. Agora além de partilhar os cuidados básicos, ele terá que dividir a atenção das pessoas mais importantes de sua vida.
Como tudo isso é muito novo para o primogênito, algumas inseguranças e sentimentos novos emergem, e, entre eles o ciúme.
Até mesmo crianças maiores, que até pouco tempo demonstravam alegria e ansiedade pela chegada do irmãozinho, podem ter comportamentos reativos.
Outros afetos podem surgir alem do ciúme. A raiva e a ira advém da chegada de alguém, que ao olhar da criança mais velha, veio para tomar seu lugar. Se não bastasse os próprios sentimentos conflitantes do primogênito, os adultos, consciente ou inconsciente, acabam por reassegurar a “bronca” que o irmão está sentindo pelo bebê.
Os adultos fazem cara de maravilhados ao ver o bebezinho, comentam de sua beleza, elogiam suas habilidades e de quebra ainda oferecem presentes a quem nem fala, anda, brinca ou come sozinho!
O mais velho se sente um celofane. Ninguém o percebe!
Resultado?
A criança se sente desvalorizada, pouco prestigiada e desacolhida. Se sente de lado, pouco interessante e desagradável.
Só lhe resta fazer graças desmedidas, irritar os pais, punir o bebê e agredir as visitas, para que de alguma maneira seja vista.
É uma tentativa desmedida de ser acolhida e valorizada pelas coisas boas que ela, como uma criança grande, já sabe fazer (andar, falar, correr, comer e beber sozinha, etc).
Poucos adultos, ao visitar um recém-chegado, se lembram de levar um mimo ao irmão mais velho e dar-lhe uma atenção mais apurada.
Lidando com a situação
Antes da chegada do irmão, procure manter um diálogo em conexão com seu filho. Assim como os pais conversam sobre a intenção de terem um segundo filho, esse sentimento deve ser partilhado com o primogênito.
A chegada do bebê a família não deve ser de paraquedas. Amadurecer a ideia com o filho mais velho, acolher as emoções e os comentários e esclarecer as dúvidas, por mais banais que sejam, ajuda o primogênito a lidar melhor com a situação.
Envolva o irmão mais velho na gestação.
Para que o ciúme não seja a regra na vida do primogênito, a vinda do bebê a família deve ser esclarecida desde o começo da gestação. Diga que o bebê vai chegar e precisará de um lugar para ele dormir, de roupas para ele não sentir frio, de leite morninho vindo das mamas da mamãe para alimentá-lo e que como todo bebê ele vai chorar.
Comente que o irmãozinho vai chorar. Não por que ele é chato, mas é que ele ainda é muito pequenino e não sabe falar. Sua única forma de pedir algo e se comunicar é por meio do choro. Que o choro do bebê quer dizer “eu preciso de…”.
Esclareça que o bebê nascerá pequenino, frágil e que só poderá brincar depois que ele crescer. Porém, a ajuda do irmão mais velho será fundamental em todo processo.
Seja sincera e mostre clareza no que diz respeito as mudanças físicas que seu corpo está passando, bem como as emocionais. As vezes, a futura mamãe fica estressada, mas isso não quer dizer que ela esteja doente ou cansada de cuidar da família. Apenas sinalize que “fazer um bebê” não é muito simples. Procure acalentar seu filho mais velho, tomá-lo nos braços e diga que você aprecia muito quando ele acaricia sua barriga, conversa com o bebê e se deita ao seu lado para juntos fazerem uma boa soneca.
Aproveite alguns momentos do dia para contar historinhas sobre a chegada do novo irmãozinho, sobre como ele está se desenvolvendo dentro de sua barriga e que quando o bebê estiver preparado, ele vai nascer e trazer alegria ao lar assim como foi com ele – o irmão mais velho.
Encoraje seu filho a sentir os movimentos graciosos do bebê, acariciando seu ventre. Entretanto, não o obrigue a fazer o que ele não deseja!
Se você achar viável ou interessante, leve seu filho as consultas de pré-natal e em especial ao ultrassom. Dixe seu filho vivenciar com carinho sua gestação.
Aproveite os momentos na sala de espera de consulta para contarem historinhas, carregue os brinquedos que seu filho aprecia e faça brincadeiras simples e amorosas.
Convide seu filho para escolher o berço, as roupinhas e brinquedinhos para o bebê. Inicie a montagem de um álbum com fotos de seu filho mais velho desde a época que ele era bebê e deixe um espaço ao lado para adicionar as do irmãozinho que logo chegará. É uma maneira do primogênito entender que ele já foi pequeno e frágil como será o bebê que está por vir.
Se você planeja ceder o berço de seu filho mais velho ao bebê, o faça antes do bebezinho chegar. Dessa maneira o primogênito não se sentirá excluído e destituído de seu lugar de dormir. Converse com seu filho sobre as vantagens em dormir em uma caminha semelhante a dos adultos.
Aproveite para pedir sugestão de nomes ao seu filho mais velho. Comente sobre os nomes que você e seu parceiro mais gostam e envolva a criança no processo de escolha.
Convide o papai para participar mais das atividades de seu filho: banho, passeio, lazer, etc., para que você passe a ir se desligando lentamente e criando um espaço para cuidar do novo membro que está chegando e ao mesmo tempo proporcionando uma relação mais íntima entre seu filho mais velho e o papai.
Se possível, introduza hábitos de higiene antes do bebê nascer. Escolinha, não espere o recém-nascido chegar para matricular o primogênito. Escolha um lugar afetivo que vá de encontro as necessidades e crença dos pais, e, que ao mesmo tempo seja acolhedor para seu filho. A escola será uma boa oportunidade para a criança vivenciar a divisão, a partilha de objetos e a atenção de um adulto (professora).
Com a chegada da data provável do parto, comece a preparar seu filho mais velho para o fato de você precisar passar por algum tempo na maternidade quando o bebê chegar. Peça a ajuda dele para arrumar sua mala e a malinha do irmãozinho.
Caso você opte pelo parto domiciliar, procure conversar com o primogênito e diga como as coisas vão acontecer numa linguagem apropriada a idade dele.
De qualquer maneira, tenha ao seu lado uma pessoa que esteja familiarizada com seu com seu filho para ajudar no grande dia!
Portanto, procure fazer as grandes mudanças que você planeja com seu filho mais velho bem antes do bebê nascer: escolinha, quarto, cuidadora, entre outras para que o mesmo não se sinta desconfortável.
Após a chegada do irmão
Pausa para a reflexão
Após o nascimento do irmãozinho, não descuide daquele que, até o momento, ocupava todos os espaços do lar. Eleve a autoestima de seu filho, potencialize suas qualidades e as vantagens de ser o irmão mais velho.
Procure integrá-lo nas tarefas simples do cotidiano, como, guardar os brinquedos, ajudar a colocar a mesa, trazer um sapato confortável para a mamãe. Se possível, introduzi-lo em cuidados básicos com o bebê: pegar a fraldinha na gaveta, buscar um pequeno objeto esquecido sobre a cômoda, e outros. Essas atitudes ajudam o irmão mais velho a se sentir útil, esperto e importante para seus pais e irmãozinho.
Assim que seu filho se sentir seguro e confiante do amor e carinho de vocês, bem como valorizada na família onde vive, o ciúme tende a diminuir e a aceitação do irmãozinho cada dia será mais positiva.
Os pais precisam demonstrar interesse pelas atitudes do primogênito e tentar entender os momentos de ira e raiva que ele exibe em determinadas situações. Quando a criança se sente compreendida e amada ela tem mais confiança em colocar seus sentimentos para fora sem que se sinta destruída ou que esteja destruindo as pessoas que ela ama.
O que fazer logo de início
Procure reservar um momento do dia para interagir com seu filho mais velho. Não precisa ser horas a fio. Pode ser uma hora para contação de história, assistir a um programa infantil que ele goste, pintar ou brincar de algo que ele aprecie e que aproxime vocês dois.
O pai também é muito importante nessa hora. Ele ajuda a mamãe a aliviar a tensão e a proporcionar momentos divertidos ao primogênito. Um passeio ao zoológico, uma farra a dois na pracinha ou outra brincadeira que ajude a desprender o primogênito um pouco da mamãe e ao mesmo tempo estreitar o vinculo com o papai.
Mostre ao seu filho as vantagens que ele tem em ser maior que o bebê e reforce o quanto o papai e a mamãe apreciam a fase que ele está. Procure ser tolerante com as possíveis falhas e reações negativas de seu filho e mantenha a rotina para que seu filho não se desorganize ou se desestruture.
Não atribua responsabilidades ao primogênito que ele ainda não tem competência para cumpri-las. Do contrário, esse tipo de atitude pode gerar culpa, raiva e sentimento de incapacidade e incompetência.
Dê carinho, colo, abrace e beije muito seu filho mais velho e reduza a sensação de que o irmãozinho chegou para tirar seu lugar.
Por outro lado, evite mimos desnecessários: dormir na mesma cama, faltar a escola, comer fora de hora ou alimentos pouco saudáveis, negar hábitos de higiene, etc.
Ajude seu filho a lidar com o ciúme
Alem de pensar em seus filhos, pense em voce também. Não raro, a mãe se culpa por não poder dar a mesma atenção que dá ao bebê e ao primogênito. Elaborar esses sentimentos, de não estar dando conta de tudo, vai ajudar muito a lidar com a nova situação e a equilibrar melhor as emoções. Não poupe ou negue ajuda, simplesmente aceite! Altruísmo e capa de super não a levará muito longe, pelo contrário, o cansaço e a exaustão a deixará sem energia para dedicar a sua família.
O irmão mais velho sentir um pouco de ciúme e competir com o irmãozinho que acabou de chegar é esperado. Na hora da crise de ciúme, avaliar a situação e ponderar o quão difícil está sendo para a criança é sempre bem vindo. Afinal das contas, “dividir bens” não é fácil para os adultos; o que dirá para os pequeninos.
Procure estimular o amor e o afeto entre os irmãos e evite comparações do tipo “O bebê mama mais que você quando era pequeno”; “O bebê nasceu maior e mais gordinho que você”; “O bebê é mais bonzinho que você”.
Atente para o fato de que sentir ciúme é normal e que o próprio sentimento pode deflagar uma competição sadia que no fundo ajuda os dois irmãos a crescer. Não estou negando o “sofrimento” do irmão mais velho, apenas que o processo facilitará que ambos procurem uma forma de delimitar e alcançar seu espaço na família.
A probabilidade do primogênito receber seu irmãozinho com certo grau de raiva e agressividade é esperado, por isso, toda observação nesse período é bem vinda e recomendável. Não afirme para a criança que ela está sendo má ou feia. Simplesmente, diga que sua atitude não está correta e que o irmãozinho merece amor e carinho.
Tenha paciência e procure reservar um período do dia para contemplar algumas atividades com o irmão mais velho e não esqueça de inserir o papai nas atividades de vida diária e brincadeiras.
Elogie as boas atitudes e os progressos do irmão mais velho e principalmente os passos que ele dá rumo ao amadurecimento.
Retome o álbum de fotos que você preparou (conforme orientado anteriormente) e relembre o quanto ele também era bonito e adorável como irmãozinho. Comente o quanto ele já cresceu e quantas coisas ele pode fazer que o irmãozinho ainda não pode. Reforce as qualidades dele e a autoestima.
Procure adquirir brinquedos que dê vazão a agressividade e a energia contida, e nesse aspecto, a massa de modelar, material de desenho livre, tambor, bola, boliche e outros podem ajudar muito.
Não tente calar a voz do irmão mais velho a todo momento, dizendo que o bebê precisa de silencio e calma para dormir. Recorde que os recém-nascidos dormem com pequenos barulhos.
Tente mostrar ao irmão mais velho que cada “gracinha” que o irmãozinho faz é para chamar a atenção do irmão mais velho e demonstrar o quanto o bebê gosta dele e aprecia o convívio familiar. Essa atitude ajuda a neutralizar um pouco o ciúme do primogênito.
Tenha de reserva alguns presentinhos embrulhados dentro do armário para entregar ao primogênito, caso a visita presenteie somente o irmãozinho e se esqueça de levar um mimo para o mais velho.
Traga para perto o irmão mais velho para prestar cuidados simples com o bebê. O momento da higiene se presta muito bem para isso. Peça para o primogênito trazer o sabonete e o pentinho para o bebê. Peça para a criança pegar a toalha na gaveta e outras atividades simples. Agradeça e elogie a boa vontade de seu filho.
Embora você esteja tentando inserir o irmão mais velho no cotidiano do irmãozinho, não force seu filho a fazer o que ele não quer. Ele não é obrigado a “cuidar” do irmãozinho se ele não o deseja. A criança pode se sentir sobrecarregada e excluída, ou mesmo, só se sentir aceita por seus pais se ela agradar o irmão mais novo.
Assim que o bebê for liberado para sair de casa e passear, promova alguns passeios que envolva a família como um todo e faça desse momento algo leve e prazeroso. Não precisa ser um passeio longo, apenas desfrutem de “uma horinha” em família.
Não tente compensar a chegada do irmãozinho oferecendo atenção excessiva ao primogênito. O recém-chegado precisa de atenção e de uma mãe devotada comum para se desenvolver dentro de um ambiente sadio e amoroso. Tempero e bom senso são as palavras de ordem nesse momento.
Diante de um comportamento inadequado do irmão mais velho não se exalte ou se desespere. Procure mostrar que você não aprova o comportamento da criança em tom de voz seguro e sem agressividade. Converse de maneira assertiva com seu filho mostrando o porquê de você desaprovar determinada atitude ou comportamento de seu filho. Procure não agir com violência física e psicológica.
As birras terão mais expressão nessa fase, o que vai exigir calma. Quando possível ignore o comportamento inadequado de seu filho. Mostre que as atitudes positivas da criança geram muito mais atenção do que as negativas. Co o tempo ela vai notar que vale a pena ser recompensada pelas coisas boas e bacanas que ela faz. Contudo, lembre-se que seu filho mais velho é só uma criança. Não exija mais do que ela tem maturidade para oferecer.
Não espere seu filho choramingar ou ter ataque de raiva para ter sua atenção. Aproveite os períodos calmos do bebê e ofereça um “chamego” para seu filho mais velho. Prepare uma refeição que ele aprecia ou um suco diferente.
Propicie momentos de intimidade entre o irmãozinho e o pimogênito. Os dois podem fazer uma boa soneca ouvindo musica ou historinhas suaves contadas pela mamãe ou o papai.
Quando possível, deixe os dois brincarem. Coloque o dedinho de seu filho na palma da mão do bebezinho. Por reflexo, o bebê tenderá a apertar o dedo do irmão. Essa atividade pode ajudar o irmão mais velho se sentir prestigiado e querido pelo irmãozinho. Peça para o primogênito ajudá-la a fazer uma breve massagem no bebê e mostre como ele aprecia o movimente, ficando quietinho e até caindo num sono relaxante.
Sumário da representação do ciúme
O ciúme é uma reação normal que de uma forma ou outra aparecerá durante a relação fraternal.
É uma mistura de carinho e raiva, difícil de entender pelas crianças pequenas.
É muito útil deixar a criança mais velha saber que é normal sentir sentimentos conflitantes e devidamente nomeados pelo irmãozinho mais novo.
Atenção amorosa e direcionada ao irmão mais velho é fundamental para que ele se sinta amado, aceito e com boa autoestima.
As crianças apresentam um bom comportamento quando se sentem seguros do amor dos pais e recebem carinho e aprovação deles.
Com o passar do tempo, o irmão mais velho tenderá a aceitar o irmãozinho, a lhe dar afeto, cuidado e atenção